Segundo o secretário do Desenvolvimento Rural, Rubem Martins, o governo, com o fortalecimento da piscicultura, também garante o aproveitamento das grandes barragens do estado, algumas delas construídas há décadas e até agora praticamente sem qualquer atividade produtiva.
O governo oferece todos os equipamentos e insumos necessários para o funcionamento do projeto até a primeira despesca, a partir de quando os associados passarão a caminhar com as próprias pernas.
Sucesso
As barragens do Estreito, em Francisco Macedo, e Poço do Marruá, em Patos do Piauí, ambas no Semiárido, são, no momento, os maiores exemplos do sucesso do programa. Na primeira despesca, os dois projetos conseguiram produzir mais de 10 toneladas de pescado e a expectativa é de que até março de 2015 a produção alcance 30 toneladas por mês. No Estreito, foram pescados mais de 4 toneladas e em Poço de Marruá, 6,1 toneladas.
"O peixe é a nossa salvação. Aqui vivia todo mundo na miséria, rezando e pedindo chuva para que pudesse plantar alguma coisa. O governador Wilson Martins é o grande responsável por isso, foi ele quem nos deu a mão", festeja Izedito Coutinho, presidente da Associação de Pescadores. Ele confessa que a primeira despesca surpreendeu a todos. Nenhum dos 21 sócios acreditava que chegasse a essa quantidade.
Para Alcidon Rodrigues, um dos associados, a meta agora é passar de 50 para 100 tanques-rede até o fim deste ano, cada
um deles com 500 peixes, concluindo o primeiro ciclo do projeto.
Os recursos conseguidos com a venda da produção para o compra direta vai ser usado para capital de giro, o que irá garantir a continuidade do programa quando o governo ficar apenas com a assistência técnica aos piscicultores. "Estamos bastante animados, o governo está ajudando muito e isso aqui não tem volta. Quando chegar a hora vamos tocar com nossas próprias mãos e garantir o abastecimento de todas as cidades da região", completa Alcidon.
"A piscicultura hoje, graças ao apoio do governo, é a principal fonte de emprego e renda na região. Diversas famílias já estão vivendo uma situação bem melhor e a economia do município já reflete o impacto disso tudo", explica o prefeito de Francisco Macedo, Cristóvão Alencar.
Satisfação igual só mesmo na barragem Poço de Marruá, até agora a grande campeã na produção de peixes do Programa de Fortalecimento da Infraestrutura da Piscicultura no Piauí, resultado de parceria com o Banco Mundial.
O presidente da Associação dos Pescadores e Aquicultores de Patos do Piauí, Francivaldo da Costa Veloso, a primeira despesca na barragem Poço de Marruá superou a expectativa. Foram pescados mais de 4,4 mil peixes, resultando numa produção total de mais de 6 toneladas.
"Para a maioria dos nossos associados, a piscicultura é a principal fonte de renda. Só é um complemento de renda para uns poucos, que já desenvolvem outra atividade, É um grande projeto do Governo do Estado", analisa Francivaldo.
Investimentos
O governo está investindo cerca de R$ 2,8 milhões na implantação de dez unidades produtivas. De acordo com o secretário Rubem Martins, o programa tornou-se possível através de parcerias, garantindo investimentos em equipamentos e estrutura de cultivo e apoio, bem como o custeio de insumos, suprindo com infraestrutura pública a melhoria das condições de produção, comercialização e gestão das atividades.
Estão sendo atendidas na primeira etapa do programa, barragens como Poço do Marruá, Salinas, Estreito, Algodões II, barragem de Piracuruca, Pedra Redonda e Piaus, entre outras.
Em cada unidade o governo constrói galpões de apoio e entrega barco, máquina automática para fabricação de gelo, alevinos, ração balanceada, tanques-rede e acessórios como flutuantes, canoa de madeira, berçários, bóias de sinalização,puçá, balaios de plástico, caixa de isopor, balanças, colete salva-vidas, cadeiras, armários e escrivaninha
Com informações do Governo do Estado
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