Amostras de sangue em um par de botas e em uma das vestes encontradas no local do crime e em locais próximos devem ser colhidas para análise. O material será levado para exames de DNA no Rio Grande do Sul para tentar identificar o autor dos disparos que mataram as vítimas. A parceria com o IML do Rio Grande do Sul se deu por necessidade, uma vez que o Piauí não tem ainda laboratório de análise comparativa de DNA, é que afirma o diretor do IML piauiense, doutor Marcos Antônio Araújo.
Além das botas e das vestes, foram recolhidas quatro cápsulas de projéteis deflagrados que também serão comparados com o DNA dos suspeitos. Segundo a perita gaúcha Bianca Almeida, esses projéteis contêm digitais de quem os colocou na arma usada no crime.
Um dos peritos que vieram do Rio Grande do Sul segue em viagem ainda hoje (31) para Paulistana para colher amostras das cinco pessoas que estão presas. Essas amostrar são secreções corporais como a saliva. De acordo com a perita Adilana Soares, essas amostras têm que ser cedidas voluntariamente pelos suspeitos. “Eles assinam um termo de cooperação, mas só se quiserem. Se eles se recusarem, então não se pode fazer nada’, diz. Ela informou que todos os suspeitos afirmaram que irão colaborar com as investigações e não houve nenhuma resistência até o momento.
Os peritos ainda não têm um prazo ainda para que esses exames de DNA fiquem prontos, mas, em geral, eles demoram cerca de uma semana para serem feitos e apresentarem os resultados.
Custos e parcerias
O diretor do IML do Piauí informou que cada kit de investigação contendo os reagentes necessários para exames de DNA custam em média R$ 17 mil e que com ele podem ser feitos até 200 exames. Como o Piauí ainda ão possui um laboratório com a estrutura que permita fazer este tipo de exame, o Estado está fechando uma parceria com Pernambuco para dar mais agilidade na solução de crimes contra a vida que precisem deste tipo de perícia.
A nossa intenção é resolver, em conjunto com os peritos pernambucanos, até cinco casos por mês, o que totaliza 60 casos por ano. Nessa parceria, o Piauí vai comprar os kits com reagentes de DNA e Pernambuco vai entrar com o material humano e a infraestrutura que nós ainda não temos”, explica o doutor Marcos Antônio, diretor dom IML.
Portal O Dia