O governador Wilson Martins afirmou que tem mais de R$ 600 milhões em
caixa para investimentos e não pode usá-los por conta de judicialização
das licitações e contratos. Segundo ele, estas ações judiciais
atrapalham os investimentos no Estado. Ele pediu providências da
Procuradoria Geral do Estado e do controle externo para resolver as
questões em que as obras não andam por conta de questões judiciais.Um exemplo emblemático é o Centro de Convenções de Teresina, que teve a licitação refeita, mas as obras não foram retomadas. Parte das obras da ferrovia Transnordestina está parada por problemas ambientais. O mesmo problema acontece com as obras do porto de Luis Correia. O próprio governador já esteve no Tribunal de Justiça pedindo agilidade na tramitação das ações para que possa dar seguimento a um conjunto de obras que estão paradas, boa parte por ações que alega crime ambiental, aditivo nos contratos ou contesta a licitação.
Mas algumas também foram paradas por suspeita de irregularidades e sobrepreço. Wilson Martins afirmou que tem sido vigilante quanto ao andamento das obras e tem acompanhado isso religiosamente através das reuniões de cumprimento de metas e do programa interno do Governo, o Simo, que é coordenado pela Secretaria do Planejamento e composto por quinze pessoas que acompanham as obras públicas.
Nas últimas reuniões, o governador solicitou um relatório geral e detalhado da situação de cada obra e cobrou agilidade no andamento e conclusão delas. Um relatório apresentado ao chefe do Executivo informa que em 2012 foram investidos R$ 600 milhões em infraestrutura. Em 2013, até setembro, este valor saltou para mais de R$ 650 milhões. Mas Wilson Martins quer fechar o ano, até meados de janeiro, com R$ 1 bilhão aplicados em investimentos no Estado.
O governador tem pressa em inaugurar, nem que seja parcialmente, a maior parte destas obras. Ele já deu uma declaração, em São João do Piauí, durante o Festival da Uva, que o vice-governador Zé Filho (PMDB) vai concluir seu projeto e suas obras no Governo, dando a entender que vai se afastar em março para disputar o Senado Federal, deixando Zé Filho no governo.
Fonte: Diário do Povo
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