Esse acréscimo de dinheiro do Orçamento da União para a saúde está previsto na PEC 22-A que foi aprovada na noite desta terça-feira (12) por 51 a 8, em votação de segundo turno. A proposta aprovada torna obrigatória a execução de emendas parlamentares ao Orçamento da União e cria um percentual de financiamento estável para a saúde pública por parte do Executivo. Atualmente, o governo federal decide quando e quanto liberar das emendas parlamentares, o que sempre causou denúncias de “troca de favores” entre governo e aliados.
De acordo com o texto da PEC, é obrigatória a execução das emendas de deputados e senadores até o limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União no exercício anterior. O texto original previa o limite de 1%, que foi aumentado após acordo do governo com a base governista. Desse total, 50%, ou seja, 0,6% da RCL, terão que ser aplicados obrigatoriamente na área de saúde.
Outro incremento aos recursos para a saúde incluído durante a tramitação no Senado foi a previsão de que a União destine 15% da RCL para a área. Atualmente, somente os estados e municípios têm percentuais definidos pela lei que regulamentou a emenda constitucional 29 (12% e 15%,
respectivamente). O mínimo a ser aplicado pela União é definido com base no valor empenhado no ano anterior acrescido da variação nominal do produto interno bruto (PIB), o que, hoje, representa em torno de 13% da RCL.
“Nenhum presidente aceitou fixar um percentual mínimo para a União. Estamos tendo a coragem de fazer o que o PSDB não fez tendo a CPMF e, agora, sem criar nenhum imposto”, destacou o líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, senador Wellington Dias (PT).
“Essa ampliação vai representar a partir do último ano de implantação R$ 26,6 bilhões por ano a mais para a saúde, sem criar novos impostos, ou seja, em consonância com aquilo que quer a população. A população quer não só mais recursos, mas também uma melhor gestão. E também a população não quer a criação de novos impostos”, destaca Wellington.
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