A presidente
Dilma Rousseff classificou como "alarmantes" dados de que o número de
estupros no país superou o número de homicídios dolosos, divulgados
nesta segunda pelo 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em sua
conta no Twitter, a presidente comentou o crescimento de 18% em 2012 no
registro de violências sexuais e lamentou o fato de os dados serem
subestimados.
"É um crescimento de 18% em relação a 2011, reflexo do
serviço telefônico 180, da @SPMulheres [Secretaria de Políticas para as
Mulheres], de orientação às vítimas de violência sexual. Mas sabemos que estes registros são, infelizmente, subestimados", escreveu em seu microblog.
Dilma ressaltou que seu governo é "defensor intransigente" da igualdade de direitos entre homens e mulheres e destacou o programa
Casa da Mulher, que reúne em um mesmo lugar delegacia da mulher,
juizados e varas, além de defensorias e promotorias e de equipes
psicossociais de apoio a vítimas de violência. "É projeto conjunto com
os governos estaduais, as prefeituras e a Justiça", detalhou.
De acordo com o estudo - produzido pelo Fórum Brasileiro
de Segurança Pública, com base em informações do IBGE do Ministério da
Justiça - o país registrou 50.617 casos de estupro em 2012, o que
equivale a 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes – o aumento é
de 18,17% em relação a 2011, quando a taxa foi de 22,1 por grupo de 100
mil. O número de homicídios dolosos registrados em 2012 foi de 47.136.
Dilma aproveitou para anunciar que, ao longo dessa semana, serão
publicados os editais de construção de unidades da Casa da Mulher em 26
capitais. No final de outubro, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU)
entregou à Secretaria de Políticas para as Mulheres, simbolicamente,
oito terrenos para construção dessas unidades.
Os primeiros serão construídos em Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará e Roraima.
"A violência contra a mulher é uma vergonha que a sociedade
brasileira precisa superar. Para isso é necessário: o fim da impunidade
dos agressores, o combate implacável ao preconceito sexista, o respeito
às diferenças e o apoio e acolhimento às vítimas", concluiu Dilma
FONTE:
G1
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