Outros réus, como o deputado Valdemar Costa Neto (PP-SP) e o presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, também podem ser presos, mas no regime semiaberto — dormem na cadeia, mas podem sair para trabalhar e estudar durante o dia. Estes ficaram com penas entre quatro anos e oito anos.
Porém, a efetiva prisão ou início do cumprimento das penas pelos condenados deve ficar para a semana que vem. O STF informou que, na sessão de hoje, o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, vai ler o resultado da decisão de ontem e a lista dos condenados que podem ir para a cadeia. Só a partir de então as penas podem ser executadas.
Sessão quente
Como já era previsto, a sessão do Supremo foi marcada pela discussão entre ministros e muita divergência sobre o futuro dos condenados no processo. O ministro Joaquim Barbosa, favorável à execução imediata das penas para todos os condenados sem direito aos embargos infringentes, travou debates com os colegas Ricardo Lewandowski, Teori Zavascki e Marco Aurélio Mello.
Quando discutia com Mello, sugeriu que o Supremo fazia "firulas processuais para postergar, para não se executar" as penas.
— Veja a dualidade que nós vamos criar. [...] Quando as instituições se degradam, é o País inteiro que se degrada.
Mello rebateu e disse que "a beleza do tribunal está na divergência".
— Somos 11 cabeças pensantes, com voto de mesmo peso. Quantas vezes fiquei nesse plenário vencido de forma isolada e jamais me exasperei?
Barbosa, então, retrucou e disse que Mello estava apegado a vaidades. O ministro, por sua vez, encerrou o debate com a seguinte declaração.
— Ah, vossa Excelência me acha vaidoso? Gosto de gravatas bonitas, gosto de me vestir bem.
Embargos declaratórios
Outro beneficiado foi o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). O embargo solicitava o esclarecimento sobre a condenação pelo crime de peculato, alegando que havia valores divergentes no acórdão do processo. Barbosa corrigiu o texto e informou que o valor considerado para a condenação é o da denúncia, que traz um desvio de R$ 536 mil.
Os ministros voltam a se reunir para mais uma sessão do mensalão nesta quinta-feira.
FONTE:
r7
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