"Agespisa foi bote espiatório", declara presidente do Sindicato

O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Francisco Ferreira, se disse surpreso com as acusações de poluição que culminaram na prisão de dois servidores da Agespisa e disse não acreditar que a empresa seja responsável pelo despejo de esgoto não tratado nos rios.

Francisco Ferreira, presidente do Sindicato

"A Agespisa foi bote espiatório. Se tem estação de tratamento de esgoto, como e por que ela vai poluir? A Polícia Federal tem que ir mais fundo nessas investigações. Tem que investigar as 23 bocas de lobo que jogam esgoto no rio e que não são da Agespisa, muito menos fiscalizadas pela prefeitura", desabafou o sindicalista.

Fotos da Operação da PF

Em entrevista ao Notícia da Manhã de hoje (31), Ferreira garantiu que não há possibilidade da Agespisa ser responsável pelo despejo de poluentes no rio e afirmou que o sindicato continuará defendendo a empresa. "A Polícia Federal está fazendo o trabalho dela, mas nós, funcionários, jamais permitiríamos que o esgoto fosse jogado no rio sem tratamento", argumentou.

Fotos: Divulgação PF

Foram presos em flagrante na tarde de ontem (30) o diretor de operações da Agespisa, José Dias, e o engenheiro civil e sanitarista Kleto Baratt

José Dias, diretor de operações da Agespisa

Foto: Evelin Santos/Cidadeverde.com

Engenheiro e sanitarista Kleto Baratta

O presidente da Agespisa, Antônio Filho, disse que só dará entrevista depois de analisar os detalhes da investigação da Polícia Federal. A expectativa é de que no final da tarde de hoje ele emita seu posicionamento.

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Jordana Cury

jordanacury@cidadeverde.com