O ex-prefeito de
Teresina Sílvio Mendes (PSDB) respondeu nesta segunda (28) as
declarações do deputado federal e presidente do diretório estadual do
PMDB, Marcelo Castro, sobre a possibilidade de ser vice na chapa
encabeçada por Zé Filho (PMDB) em 2014. Sílvio Mendes disse que, assim
como Zé Filho, a probabilidade de ser vice é "zero". Ele também
desautorizou o deputado Deusimar Brito, o Tererê, a negociar
entendimento em seu nome com o governo.
Para o tucano, o conselho dado por
João Mádison (PMDB) de que sendo vice Sílvio teria uma possibilidade
maior de chegar ao poder não corresponde ao seu pensamento. "Queria
dizer tanto ao Marcelo quanto ao João Mádison que eu não estou querendo
ser grosseiro, mas nunca fui a partido nenhum me oferecendo a ser
candidato, até porque quando se oferece o preço fica mais baixo. A
possibilidade de ser candidato a vice também é zero, igual a dele. Não é
questão de vaidade. Muita gente fala tudo e a gente escuta muita
bobagem. Aceitei vir aqui porque depois de um certo período fica
parecendo que as coisas são verdade", declarou em entrevista ao Jornal
do Piauí.
Sílvio Mendes afirmou que o PT é o
único partido que tem um candidato posto, que é o senador Wellington
Dias, em aliança com os senadores João Vicente Claudino (PTB), candidato
à reeleição, e Ciro Nogueira (PP).
Para o ex-prefeito, PT e PMDB, apesar
de se mostrarem em lados opostos para a eleição de 2014, não tem muitos
fatores que os distancie e não confiaria em um acordo com o PMDB. Com o
PTB, há dificuldades. "Nesse momento está posta a candidatura de
Wellington Dias. Nesse momento, é o candidato favorito e acho que está
em campanha franca com os senadores. Fui procurado pelo senador João
Vicente. Mas ele conversou com Wellington Dias e acho que a reeleição
dele é mais fácil com Wellington. Fui procurado pelo senador Wellington
Dias mais de uma vez, pelo vice governador, de todos o mais simples, que
não tem essa história toda de poder, pelo senador Ciro e sou grato a
ele por me oferecer uma oportunidade. João Vicente estava desanimado num
primeiro momento mas agora está animado. Temos algumas feridas em
aberto por causa da campanha do ano passado. Ficaria algumas
dificuldades, imagino isso", disse.
Para Sílvio, todas as alianças que se
formarão dependerá da decisão do governador Wilson Martins em ficar ou
sair do Palácio de Karnak. É disso também que depende o futuro do apoio
que Zé Filho receberá do seu próprio partido. "O que vai acontecer eu
não sei. O governador vai sair, vai ficar? Não sei. Digo a Zé Filho que
se ele virar governador ele vai ter muita importância. Mas se não virar,
nem para o próprio PMDB ele vai ter importância", comentou.
Sobre a informação de que seria o
preferido de Wilson Martins para encabeçar a ala governista, numa chapa
dos sonhos com o vice indicado pelo PMDB, Zé Filho no mandato até o
final e Wilson candidato ao Senado, Sílvio Mendes relatou que não foi
sondado.
Sílvio se furtou a fazer críticas ao
governo do Estado e assegurou que restabeleceu o relacionamento pessoal
com Wilson Martins no início do ano.
Ainda na opinião do tucano, o PSDB
será o "fiel da balança" nas próximas eleições. "Acho que o partido pode
ser um fiel de balança. Acho quase impossível o PSDB apoiar o PT. Com a
certeza de que Wellington Dias é o candidato eleito, se o PSDB apoiar o
PMDB não fortalece? Acho que sim", comentou.
O tucano finaliza analisando que ainda
é estreito o entendimento entre o PT e o PMDB e não aceitaria o apoio
de Wilson, caso ele permanecesse no governo. "Se o governador fica [no
cargo], Zé Filho não assume e o PMDB, onde são mais próximos? É do
senador Wellington Dias. Estão próximos agora porque o governador está
no exercício. Vai depender disso. Tem muito se no meio. Não sei se
toparia", declarou.
Cidade Verde
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