Foto: Reprodução/ Googlemaps
A comerciária Silvana de Sousa Silva,
26 anos, só se deu conta de que havia caído em um golpe quando foi
demitida da empresa onde trabalhava, neste mês. Ao ir até o Ministério
do Trabalho para dar entrada em seu seguro desemprego, foi informada de
que já havia recebido.
“A recepcionista disse que eu havia
saído em março do meu trabalho e que esse mês eu recebi a última
parcela. Eu disse que não, que só tinha uma carteira de trabalho e só
havia dois registros de trabalhos nela, fui falar com o gerente que
confirmou que minha carteira tinha sido dado baixa em março de 2013,
sendo que eu só sai do emprego no dia 05 de outubro”, relata Silvana.
Ela procurou um advogado a orientou a
pedir uma declaração da empresa afirmando que a carteira dela era
assinada com o salário de comerciária no valor de R$ 772,00 e que só foi
dada baixa uma vez, agora em outubro. “Eu voltei no Ministério e lá me
informaram que deram entrada no seguro no Sine em Tocantins, mas que
estavam recebendo o dinheiro na agência da Caixa Econômica da avenida
Barão de Gurgueia aqui em Teresina”, revela a comerciária.
Silvana acredita que seja uma
quadrilha interestadual, já que tinha posse de todos os seus dados e
falsificado seus documentos. “Até meu cartão cidadão foi clonado”,
relata.
Segundo a comerciária, a quadrilha
também adulterou o salário que ela ganhava. “Colocaram que eu ganhava R$
1.762,00 e conseguiram aumentar as parcelas do seguro para R$ 1.190,00 e
agora o Ministério do Trabalho disse que eu vou ter que devolver já que
minha carteira continuava assinada. Mas, como se eu não recebi nenhum
centavo desse dinheiro e com meu salário de comerciária só ia receber as
parcelas de um salário mínimo”, se desespera.
Ela prestou queixa na Polícia Civil e
com o boletim de ocorrências em mãos foi até a Polícia Federal que
deverá investigar o caso. “Eles disseram que é estelionato contra um
órgão federal, por isso que é lá. Amanhã vou voltar para falar com o
delegado da Polícia Federal”, destacou.
Funcionários do Ministério do Trabalho
revelaram à Silvana que ela era terceira vítima no Piauí, porém, a
primeira que a quadrilha conseguiu sacar o dinheiro.
A superintendente do Trabalho e
Emprego no Piauí, Paula Mazzulo, disse que a denúncia da comerciária
será encaminhada para a Polícia Federal, assim como as denúncias
recebidas anteriormente de fraude no seguro desemprego.
Caroline Oliveira
Cidadeverde.com
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