Goverdo do Estado do Piauí

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Wellington está à procura de uma garupa para 2014, diz Heráclio

O ex-senador Heráclito Fortes confirma que é candidato a deputado federal e critica a postura do PT. De acordo com ele, o partido era bom quando queria ser a palmatória do mundo e fazia oposição. Heráclito diz que o PT lhe odeia, porque ele foi contra o 3º mandato de Lula e não foi omisso no Senado.  Segundo ele, hoje não tem um escândalo de corrupção no Brasil que o PT não esteja envolvido.  Para o ex-senador, o senador Wellington Dias (PT) precisa de uma garupa com poder econômico para poder fazer campanha e disputar o Governo do Estado, de novo.  "Ele não se baseia em ideologia ou conceitos éticos, mas em poder econômico", afirma Heráclito Fortes.  Ele considera que a oposição vai sair de dentro do próprio governo e acha que as articulações para as eleições de 2014 ainda terão muitas surpresas até o ano que vem.
Heráclito acredita que a população está mais consciente, vigilante e as manifestações ainda vão acontecer, observando ainda que a tendência do povo é votar na pessoa e não no partido. O ex-senador ainda citou diversos cargos que assumiu em 30 anos de vida pública que ainda aguarda a votação da reforma política para definir qual rumo seguir.
Diário do Povo - Depois de 30 anos de vida pública, o senhor  agora volta a concorrer ao cargo de deputado. Isso é exercício de humildade ou para garantir uma vaga?
Heráclito Fortes -  É o instinto de sobrevivência do homem. Para um cargo majoritário depende de muita coisa, de estrutura, de apoio, de partido, de pessoas, e do momento. A candidatura a deputado federal depende exclusivamente da vontade do povo. É um registro de candidatura e aí vai garimpar os votos pelo estado. Quero dizer que durante este quase três anos sem mandato fiz várias reflexões, inclusive sobre a possibilidade de não disputar mais nenhum mandato. Até porque depois de Petrônio Portella, acho que fui o político de maior sucesso nacional do Piauí, sem nenhuma vaidade. Eu fui líder do governo Fernando Henrique Cardoso, vice-líder do PMDB, fui vice-presidente da Câmara, 3º secretário da Câmara, fui 1º secretário da Câmara, fui presidente da Comissão de InfraEstrutura do Senado, no momento mais importante, quando foram feitos os marcos regulatórios, e convivi muito estreitamente com a presidente Dilma Rousseff, que era na época a ministra das Minas e Energia. Eu fui presidente da Comissão de Relações Exteriores, e fui 3º secretário e 1º secretário do Senado, num momento de crise que todos conhecem.
DP - E a bandeira para a campanha de deputado, qual é?
HF - O meu maior troféu é nunca ter me vendido e me envolvido em escândalos. Nunca ter feito do exercício da vida pública um trampolim para negócios ou interesses pessoais. Nunca fiz negócios, não tenho empresas, não tenho rádio.  Durante minha vida fui um político, um parlamentar. Tenho orgulho de ter sido Prefeito de Teresina num momento de muita dificuldade. Numa crise política no país, quando não votavam as leis ordinárias, emperravam o andamento administrativo do país e some-se a isso a crise que o Brasil conheceu provocada pelo governo Collor. Não tive recursos federais, com exceção do início da construção do pronto-socorro de Teresina.
DP -Na última campanha, que lhe levou a derrota, Lula chegou a fazer campanha contra o senhor e o ex-senador Mão Santa. O Heráclito de hoje teme que isso acontecça novamente?

HF - O Brasil todo sabe que a minha derrota no Piauí foi imposta por um capricho pessoal do ex-presidente Lula. Ele estava muito bem popularmente e deu declarações à imprensa, não é invencionice. Todos sabem como aconteceu no Piauí. Todos sabem das perseguições, das limitações de circulação inclusive de minha equipe no Estado. Sendo parada por policia nas estradas. Não é segredo e não fui sozinho, no Piauí aconteceu também com Mão Santa. Mas, Artur Virgilio, Marco Maciel, Heloisa Helena todos passaram por isso.

DP - O senhor teme que isso possa se repetir agora nesta campanha? Está preparado para isso?
HF - Estou me preparando. Mas, evidente, que uma campanha para deputado federal é mais difícil de ter efeito. Mas, de qualquer maneira, estou consciente, porque defendi bandeiras e não fui omisso. Eu fui contra o terceiro mandato do Lula. O PT me odeia por isso. Fiz uma denúncia na tribuna do Senado, mostrando a propaganda que foi veiculada nas revistas de circulação nacional. Fui contra a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e me baseei nos argumentos do PT para impedir que ela fosse implantada.  Eu fui um senador cricri, diligente. Mostrei as mentiras, a política de enganação. Fui vigilante. Eu era um calo no Partido dos Trabalhadores.


Diário do Povo

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