Histórico mostra Brasileiro nas mãos do Cruzeiro após vitória em "decisão"
Se já despontava como um dos principais candidatos
ao título do Campeonato Brasileiro em 2013, o Cruzeiro viu seu
favoritismo aumentar ainda mais após a vitória sobre o Botafogo - um
confronto considerado decisivo justamente por colocar frente a frente os
dois melhores da competição até o momento, em partida que cabe bem como
exemplo do já tradicional clichê do "jogo de seis pontos".
A vitória deu ao time mineiro uma vantagem que, quando comparada a
cenários semelhantes nas últimas dez edições do Brasileirão, aparenta
ser irreversível. Hoje, a vantagem do Cruzeiro sobre o vice-líder
Botafogo é de sete pontos. Uma gordura que, as estatísticas mostram,
raramente é desperdiçada.
Autor de um dos gols na vitória sobre o Botafogo, Júlio Baptista tenta deixar a euforia só para a torcid
Desde 2003, foram disputadas dez edições do Brasileirão no sistema de
pontos corridos e oito vezes o time que liderava o campeonato a 16
rodadas do fim acabou conquistando o título. Apenas duas vezes a equipe
que liderava nessa altura do torneio acabou não sendo a campeã, em 2008
com o Grêmio e 2009 com o Palmeiras.
Curiosamente, em ambos os casos o campeão acabou sendo um time que
nesse ponto não se encontrava nem no G4. Em 2008, o São Paulo era o 5º
colocado após 22 rodadas e estava oito pontos atrás do Grêmio. Já em
2009, o Flamengo vivia situação ainda mais difícil: era o 10º colocado e
estava a nove pontos do Palmeiras.
As arrancadas históricas de São Paulo e Flamengo são, portanto, as
inspirações às quais o Botafogo pode se agarrar. Afinal, a diferença
atual ainda é menor do que as que os dois times tiraram em suas
campanhas vitoriosas.
Pelo lado do Cruzeiro, porém, há mais motivos para confiar no título.
Em toda a história do Brasileiro, nunca um time que era o vice-líder a
16 rodadas do fim acabou como campeão, o que descartaria o Botafogo.
Assim, restariam como concorrentes o Grêmio, atualmente 11 pontos atrás,
o Atlético-PR, 14 pontos atrás com um jogo a menos, e o Inter, 15
pontos atrás também com um jogo a menos. Esses três, contudo,
precisariam de façanhas ainda maiores que as de São Paulo e Flamengo.
Com tamanha vantagem, o título cruzeirense parece cada vez mais ser
apenas questão de tempo, e a euforia da torcida deixa o discurso
cuidadoso restrito aos jogadores, como demonstrou o meia Júlio Baptista:
"Não somos campeões ainda. Tem muitos jogos pela frente. Acho que tem
uma euforia da parte de todos, principalmente da torcida, mas sabemos
das dificuldades que vão ser todos os jogos".
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