Com
o estádio de R$ 1,5 bilhão com vários clarões nos setores de valores
mais caro e um público de 40.996 em um total de 70 mil ingressos
disponibilizados, a Seleção encontrou um gramado ainda não perfeito, mas
em melhores condições do que na estreia do Brasil na Copa das
Confederações contra o Japão e nos jogos seguintes, principalmente de
equipes cariocas. Fechado por duas semanas, o campo passou por
tratamento intensivo.
Mas
diante de um adversário jogando fechado, mas vazado logo aos 7min, o
gramado pouco atrapalhou a evolução de um time muito modificado em
relação ao da Copa das Confederações. Com Daniel Alves, Oscar, Hulk e
Fred machucados, Felipão observou Maicon, Ramires, Jô e Bernard.
Pressionado pelo treinador a mostrar serviço para garantir uma vaga no
grupo de 2014, eles não decepcionaram.
Saiu
da dupla que levou o Atlético-MG à conquista da Libertadores os dois
primeiros gols. Em um duelo praticamente de ataque contra defesa, logo
aos 7min Neymar virou a bola para Bernard, que acertou a trave em um
chute forte. Na sobra, Jô aproveitou de primeira e deixou a Seleção na
frente. Em rápido contra-ataque aos 33min, o Brasil conseguiu aumentar:
Paulinho roubou bola, Maicon tocou para Bernard, que cruzou na medida
para Jô fazer o segundo na partida.
A
Austrália teve em uma sequência de escanteios seu maior brilho durante a
partida. Em resposta, Neymar enfileirou adversários em uma jogada em
que quase marcou um gol de placa e fez o terceiro. Desta vez foi
Ramires, que ficou fora da Copa das Confederações após entrar em
polêmica por uma dispensa por lesão em março, quem brilhou com um
lançamento em profundidade que deixou ao atacante do Barcelona apenas a
tarefa de tocar na saída de Scwarzer. Com 35min, o Brasil definiu um
jogo e teria o segundo tempo apenas para treinar.
Satisfeito
com o rendimento do time, Felipão apenas fez uma alteração no intervalo
por nova contusão, desta vez de Marcelo. Maxwell entrou em seu lugar e
não demorou a construir o quarto gol. Ele cruzou na cabeça de Ramires,
que mesmo sendo baixinho ganhou dos grandalhões australianos para testar
forte.
A
presença do volante do Chelsea no ataque com constância é resultado de
um teste realizado por Felipão. Com Luiz Gustavo preso na
cabeça-de-área, Paulinho ganhou mais liberdade e formou ao lado de
Ramires uma segunda linha com mais liberdade para atacar. Bernard pela
direita e Neymar pela esquerda serviam de apoio para Jô em um esquema
que, pelo menos diante da frágil Austrália, teve aprovação e eficácia.
Com
o jogo definido, Felipão iniciou uma série de alterações com as
entradas de Hernanes, Alexandre Pato e Lucas, que vem perdendo espaço
gradativamente no grupo. Duas das mexidas funcionaram bem aos 26min:
Hernanes deu excelente passe para Neymar, que cruzou para Alexandre
Pato, em retorno à Seleção Brasileira, fazer o quinto gol brasileiro.
Houve ainda tempo para Luiz Gustavo, um dos jogadores mais eficientes
desde a Copa das Confederações, fazer o sexto da Seleção Brasileira aos
38min.
O
Brasil eleva o nível de teste na próxima terça-feira, quando enfrenta
Portugal em Boston. Os portugueses jogam desfalcados de Cristiano
Ronaldo, mas irão oferecer mais resistência do que os frágeis
australianos. Em outubro, a Seleção viaja a China para enfrentar a
Zâmbia e encara a Coreia do Sul. Em novembro, os amistosos devem ser nos
Estados Unidos, restando apenas uma data em março para jogo antes da
convocação para a Copa.
Fonte: Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário