A decisão foi tomada numa reunião na noite de quarta-feira, segundo um ministro peemedebista ouvido pela Reuters, depois de muita pressão dos principais caciques do partido, que estão desde o começo do governo incomodados com o número de ministérios sob seu comando, apesar de serem o maior aliado do governo petista no Congresso.
Segundo um peemedebista que participou da reunião do partido, Dilma deixou claro nesse novo encontro com Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não está descartada completamente a possibilidade de ampliar o espaço do PMDB na Esplanada, indicando inclusive que tentará fazer ajustes para atender a demanda do aliado.
O ministro peemedebista disse, sob condição de anonimato, que Temer e Dilma avaliaram que a primeira conversa sobre reforma ministerial não foi satisfatória para ambos os lados e eles zeraram o jogo na reunião de quarta, abrindo mais espaço par o diálogo.
"A presidente deixou claro que manterá o atual espaço do PMDB e poderá inclusive ampliá-lo, dependendo do que será negociado com os aliados e da possibilidade de mexer em ministérios que não estavam sendo alvo da reforma", explicou o ministro.
O outro peemedebista que participou do encontro da cúpula brincou dizendo que os líderes do partido chegaram para a reunião com Temer pintados para a guerra e saíram do encontro com as armas recolhidas, pelo menos momentaneamente.
"O que ficou acertado é que o partido não vai conturbar ainda mais o cenário da reforma até o final do mês, quando ela deve dar início às mudanças e terá concluído as conversas com os demais aliados", disse a fonte do partido pedindo para não ter seu nome revelado.
O PMDB já havia inclusive indicado o senador Vital do Rêgo (PB) para o posto, mas essa pasta dificilmente ficará sob controle da legenda. Agora, o partido já cogita brigar para assumir a pasta dos Portos, que também era do PSB.
Dilma tem que atender demandas do PP, que hoje comanda o Ministério das Cidades e quer assumir pelo menos mais uma pasta, do PSD, que comanda a pasta de Micro e Pequenas Empresas e já se comprometeu a apoiar a reeleição de Dilma, além do recém criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e do PTB, que reivindica um ministério, entre outras reivindicações.
A reforma ministerial está sendo usada pela presidente para ampliar o seu arco de alianças para disputar a reeleição em outubro deste ano e, com isso, ter mais tempo para campanha na TV.
FONTE:
UOL
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