Policiamento
A tenente-coronel da Polícia Militar de Santa Catarina Claudete Lehmkuhl informou que, no momento da briga, não havia policiais militares dentro do estádio. De acordo com ela, o motivo para a ausência de policiamento foi uma determinação do Ministério Público do estado. Segundo Claudete, após a briga entre as torcidas, 160 policiais militares começaram a atuar dentro da Arena Joinville e 20, fora do estádio.
Em nota emitida pela Polícia Militar de Santa Catarina às 22h50 de domingo, a corporação afirmou que "esteve presente na parte externa do estádio durante o evento, atendendo a uma Ação Civil Pública por parte do Ministério Público, que propôs que o Poder Judiciário proíba a participação de policiais militares em atividades que fujam da competência constitucional da corporação".
A nota afirma, ainda, que 113 policiais militares integraram as equipes de policiamento ostensivo (a pé, montado, de carro, motocicletas, helicóptero e resgate médico).
"Dentre esses policiais militares, encontrava-se um efetivo composto pelas Guarnições de Policiamento Tático, inclusive com reforço de cidades vizinhas, pronto para atuar em caso de conflito. Essa atuação deu-se justamente quando começaram os atos de violência entre os torcedores", destacou o texto.
Na noite de domingo, o Ministério Público do estado afirmou que não fez "nenhuma recomendação ou ação que impeça a Polícia Militar de atuar no interior do estádio Arena em Joinville". De acordo com a assessoria de imprensa do MP-SC, uma ação civil pública que pede mudanças estruturais na segurança do estádio foi protocolada no dia 2, mas o Fórum de Joinville não havia aceitado o pedido até a noite de domingo. Ainda segundo a assessoria, a ação não pede que policiais deixem de atuar na Arena Joinville. Além disso, a ação só passaria a ser uma determinação depois de aceita pelo Judiciário.
Até as 7h50 desta segunda-feira, os torcedores Estevão Viana, do Atlético-PR, e Gabriel Ferreira Vital, do Vasco, estavam em observação no pronto-socorro do Hospital Municipal São José. Segundo a chefia de enfermagem, a previsão é que os dois recebam alta ainda nesta segunda, pois todos os exames que eles fizeram não apresentaram alterações.
Investigação
O delegado Isaias Cordeiro afirmou que nos primeiros 10 dias a investigação vai se concentrar para finalizar o inquérito de tentativa de homicídio. A partir disso devem ser abertos novos inquéritos para avaliar responsabilidades e outras questões de condutas.
Nesta segunda-feira foram encaminhados ofícios para torcidas organizadas e outras entidades solicitando nomes de torcedores. Ainda não há informações sobre transferências do presos para outro local.
FONTE:
Globo Esporte
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