Nos
três primeiros dias de setembro, o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais - INPE - já registrou 80 focos de incêndios no Piauí. Segundo o
chefe da divisão de Controle Ambiental e Fiscalização do Ibama no
Piauí, Gilvan Vilarinho, a região mais crítica é do Sul do Estado.
Os
dados fornecidos pelo INPE informam ainda que no mês de agosto foram
registra-dos 1.015 focos em todo Estado. De janeiro a agosto, a
quantidade de focos de incêndio foi de 1.867. Ou seja, 54% dos incêndios
que ocorrem nos sete primeiros meses do ano foram registrados no mês de
passado. "As principais causas de grandes incêndios são as altas
temperaturas, baixa umidade relativa do ar e ação dos ventos", disse
Gilvan Vilarinho.
Gilvan
Vilarinho ressalta que para diminuir a quantidade de focos de incêndios
nos meses mais quentes do ano, a primeira medida a ser tomada pela
população é evitar queimadas. "O ideal é que se acabe com a cultura de
se fazer queimadas na agricultura. Mas se os trabalhadores forem atear
fogo, que procurem orientações técnicas para manter o fogo controlado.
Para isso, os agricultores podem procurar as brigadas de incêndios do
Ibama e as equipes do PrevFogo", afirmou.
Para
prevenir e combater as queimadas, o Ibama conta com seis brigadas
contra incêndios. Elas estão distribuídas nos locais remanescentes
florestais e em áreas de conservação. "Além das brigadas, há as equipes
do PrevFogo que ministram palestras para os agricultores sobre o
controle de queimadas", disse Gilvan.NORDESTE
- A Furnas, que opera um sistema de transmissão por onde passa mais de
40% da energia consumida no País, alerta para os riscos de promover
queimadas próximas a linhas de transmissão, prática que pode deixar
cidades inteiras às escuras.
Os
Estados do Nordeste que mais apresentam focos de queimadas, de janeiro
deste ano até o momento, são Ma-ranhão (3.767), Bahia (2.168) e Piauí
(1.659); no Brasil, o campeão é o Mato Grosso, com 8.099, segundo dados
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A
maior incidência de queimadas é no período de seca, de abril a outubro.
Até o final de agosto deste ano, o Brasil apresentou 35.075 focos de
queimadas, maior incidência entre os países da América do Sul. A
Venezuela, segundo país com maior registro no continente, teve 18.933
focos no mesmo período, também segundo o INPE.
Fonte: Diário do Povo
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