O Piauí registou um aumento no número de
pessoas infectadas com o vírus da Aids. O crescimento no Estado foi
maior que o registrado no País, em termos percentuais no número de
pessoas infectadas. Somente nos dois primeiros meses deste ano foram
registrados 90 novos casos de AIDS em Teresina, segundo a Fundação
Municipal de Saúde. No ano passado houve um aumento de casos na ordem de
32% no estado em relação ao ano anterior. Em 2012, foram 341 novos
casos confirmados de Aids, em quanto o ano anterior o número foi 258
casos notificações.
Segundo a Fundação Municipal de Saúde, já
foram notificados 90 casos, sendo 62 em homens e 28 em mulheres, entre
elas quatro grávidas. Apesar dos avanços e tratamento após o
diagnóstico, a doença preocupa as autoridades em saúde no estado,
comentou a coordenadora de epidemiologia em Teresina, Amparo Salmito.
“Desde o ano passado, os exames para a
Aids foram democratizados e não há mais aquela espera pelo paciente com
sintomas já procurando o serviço. Hoje os testes são feitos em empresas,
em escolas, universidades e outros locais”, disse.
Ela informou que houve várias mudanças com relação ao diagnostico e tratamento da Aids. A medicação evoluiu e hoje garante mais qualidade de vida aos pacientes. Os testes que detectam o HIV estão mais acessíveis, o que pode explicar o aumento no número de casos confirmados em Teresina.
Ela informou que houve várias mudanças com relação ao diagnostico e tratamento da Aids. A medicação evoluiu e hoje garante mais qualidade de vida aos pacientes. Os testes que detectam o HIV estão mais acessíveis, o que pode explicar o aumento no número de casos confirmados em Teresina.
Segundo a coordenadora estadual de
Doenças Transmissíveis, Karina Amorim, os dados revelam ainda que o
número de homens infectados é mais que o dobro do número de mulheres que
adquiriram a doença.
O tratamento se concentra em Teresina,
porque tem um único centro atende o Piauí, Maranhão e parte do Pará. No
Piauí foram registrados casos de AIDS na cidades de Parnaíba, Altos,
Picos, Oeiras, Campo Maior e Luzilândia.
Além da maioria dos infectados ser do
sexo masculino, o perfil mostra ainda que em 68% dos casos os infectados
têm entre 20 e 34 anos e 80% contraiu a doença através do ato sexual.
“A tendência é o aumento do número de
casos confirmados no Estado. Isso porque os exames para detectar a
doença estão mais populares e muitos soro-positivos não sabem que têm o
vírus. Por isso é importante que as gestantes incluam o teste de HIV e
Sífilis no pré-natal”, disse a coordenadora Karina Amorim.
O diretor do Instituto de Doenças
Tropicais Nathan Portella , o médico infectologista Walfrido Salmito,
explicou que no Piauí tem além do instituto, o Centro Integrado de
Saúde Lineu Araújo, da Prefeitura de Teresina, faz os exames e acompanha
o tratamento de pacientes com AIDS. Ele revelou que o Instituto Nathan
Portella atende cerca de 3 mil pacientes, sendo 60% de fora do Estado. O
Lineu Araújo atende 1,2 mil, sendo 95% dos pacientes residentes em
Teresina.
“Não estamos tendo dificuldades para o
teste e o tratamento. A pessoa pode chegar ao centro e pedir o exame até
sem requisição. Não tem dificuldades. Temos uma demanda grande, porque a
maioria dos pacientes prefere se tratar fora da sua cidade, por conta
de estigmas, e preferem o sigilo. Temos uma grande demanda do Maranhão.
Não temos dificuldades para o teste e nem para o medicamento, que não
pode faltar. As vezes sobrecarrega, por causa da demanda. Atendemos até
um paciente de fora do país que pega o medicamento a cada quatro meses. O
teste e o tratamento melhorou muito. É um outro atendimento. Dispomos
de um grande ambulatório de tratamento de AIDS.”, finalizou Walfrido
Salmito.
Diário do Povo
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