O calendário básico de imunização da
criança está sendo ampliado com a introdução da vacina contra a hepatite
A, que passa a ser ofertada nos postos de saúde do país. A meta do
Ministério da Saúde é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três
milhões de crianças – na faixa etária de um até dois anos incompletos –
no período de 12 meses. Com isso, o Brasil passa a oferecer,
gratuitamente, 14 vacinas de rotina, garantindo todas as vacinas
recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para o início da vacinação, estados e
municípios já receberam 1,2 milhão de doses. O objetivo é prevenir e
controlar a hepatite A e, dessa forma, imunizar, gradativamente, toda a
população. O esquema vacinal recomendado pelo Programa Nacional de
Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, prevê uma dose única da
vacina.
No Piauí é meta é imunizar 47.958
crianças de até dois anos. Para iniciar a vacinação, o Ministério da
Saúde enviou 20.600 doses.
A coordenadora do Programa Estadual de
Imunização, Doralice Lopes, informa que as vacinas já foram entregues em
todas as regionais de saúde do Estado. “Junto com as vacinas foi
entregue um informe técnico com todas as informações de como introduzir a
vacina na rotina de vacinação infantil. Alguns municípios, inclusive,
já entraram em contato para tirar dúvidas, já que a distribuição foi
finalizada na semana passada”.
Ela esclarece ainda que neste primeiro
momento, a vacina será administrada apenas para o público-alvo e que
depois deve ser introduzida de forma efetiva no calendário vacinal da
criança. Outros lotes da vacina serão encaminhados, ainda este ano e no
decorrer de 2015, para atender 100% do público-alvo. A data para início
da vacinação será definida por cada estado.
A vacina contra a hepatite A deve ser
incorporada aos programas nacionais de imunização, na medida em que as
condições de saneamento básico de um país começam a melhorar e o contato
das pessoas com o vírus passa a ocorrer mais tarde, na fase adulta,
propiciando o surgimento de mais casos da forma grave da doença. O
Ministério da Saúde investiu R$ 111 milhões na compra de 5,6 milhões de
doses neste ano.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro,
a introdução da vacina contra a hepatite A é um grande avanço para a
melhoria da saúde da população. “A partir do momento em que podemos
reduzir cerca de 65% dos casos sintomáticos desta doença e 59% dos
óbitos, temos absoluta convicção quer é um investimento que vale a pena
“, destacou o ministro. Ele ressaltou ainda que não se trata de uma
vacina de campanha, e sim um imunobiológico que entrou na rotina,
permanecendo no calendário básico da criança.
A vacina contra a hepatite A é segura e
praticamente isenta de reações, mas pode provocar vermelhidão e inchaço
no local da aplicação.
Sobre a doença
A hepatite A é habitualmente benigna e raramente apresenta uma forma grave (aguda e fulminante) que pode levar à
hospitalização ou morte em 2% a 7% dos casos graves. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos ocorrem cerca de 1,4
milhão de casos da doença no mundo. No Brasil, estima-se que ocorram por
ano 130 novos casos a cada 100 mil habitantes.
A principal forma de contágio da doença é
a fecal-oral, por contato entre as pessoas infectadas ou por meio de
água e alimentos contaminados. A estabilidade do vírus no meio ambiente e
a grande quantidade de vírus presente nas fezes dos indivíduos
infectados contribuem para a transmissão. A disseminação está
relacionada com infraestrutura de saneamento básico e a aspectos ligados
às condições de higiene.
Fonte: Cidade Verde
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