“Eu
tenho esse problema [racismo] desde que cheguei aqui na Espanha, o
grande problema disso é a repercussão que você dá ao racista, porque se
você não fala dele, ele não atinge o objetivo dele, que é causar dano à
pessoa que ele está tendo esse ato”, afirmou o brasileiro. “Se você dá
repercussão ele já conseguiu o que queria.”
Avançando
no debate, Alves acredita que o racismo no futebol não pode ser isolado
do comportamento ‘normal’ da pessoa que o pratica, já que o esporte
pode suscitar atitudes passionais que fogem a essa mesma normalidade.
“Acho
que a gente deveria estudar se você é racista ou não no cotidiano. No
futebol você não pode tentar julgar uma pessoa, as pessoas vivem o
futebol de uma maneira e de repente no cotidiano não seriam assim.”
A
paixão naquele momento leva você a fazer coisas que não faria na vida
normal, como agredir alguém. Eu particularmente não julgaria alguém por
uma atitude no futebol, não é legal. [Mas] não posso dar importância,
não posso estar inferior a um insulto.
O
jogador ainda comentou as expectativas para a Copa do Mundo do Brasil,
especialmente em relação a um provável reencontro com a Holanda já nas
oitavas de final, quatro anos após a derrota de 2010. E que o tema
‘Mundial’ é constante entre seus colegas de Barcelona, boa parte deles
parte da seleção espanhola que, também, pode pegar a Seleção no meio do
caminho.
“No
Barça a gente não fala nisso, nenhum dos dois (Brasil e Espanha) pensa
se classificar em segundo, eu prefiro a Holanda, eu sou dos que
acreditam que, quem me deve, tem que me pagar”, brincou.
Fonte: MSN
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