Fotos: Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde e Geísa Chaves
“O
laudo médico apontou que a minha filha mais nova estaria sofrendo maus
tratos desde os seis meses de idades. Ela já tinha até ‘calos ósseos’ de
tanto apanhar. Na primeira vez que fui denunciar no Conselho Tutelar IV
pediram para dar outra chance a mãe delas”, conta o pai.
O
mecânico revela que os vizinhos sempre passavam informações sobre
violências. A mãe das meninas tem apenas 20 anos e é estudante. As
agressões aconteciam no bairro Cidade Leste. O caso foi registrado na
Delegação de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA).
“Quando
vi o estado da menina, só pensei em tomar [a criança] dela [mãe]. Não
dá mais. Os vizinhos dela dizem que em finais de semana ela [a
estudante] deixavas as meninas sozinhas para ir beber com atual
companheiro dela”, revela João Eduardo.
O
mecânico informou ainda que a mãe das meninas alegava que os
maus-tratos eram provocados por uma irmã da estudante. “A irmã dela
também foi quem denunciou ela. Ela mora longe. Não tinha como fazer mal a
menina. A única coisa que quero é justiça. Que ela responda pelo que
ela fez e que seja presa”, desabafa.
Avó paterna desconfiava
Elisa Amália dos Santos Nascimento Ferreira, 53 anos, dona de casa,
sempre questionou a ex-nora sobre os hematomas na neta mais nova.
“Perguntava o que eram, principalmente um roxo em uma das mãos dela. Ela
disse que a pequena bateu na porta do carro de um amigo. Mas ela sempre ficava nervosa e saia de perto”, conta.
“O
que mais revolta é que meu filho já tinha denunciado e o Conselho
Tutelar pediu que desse outra chance. E olha o que aconteceu com a minha
neta”, revolta-se a dona de casa.
Durante as oitivas
A
delegada Marcela Sampaio revelou ao Cidadeverde.com que ao ouvir a
garota de quatro anos sobre as agressões se surpreendeu com a
espontaneidade da criança. “Quando perguntei porque a irmã dela estava
assim ela me disse: ‘foi minha mãe que jogou ela em cima da cama e deu
um soco’”, contou.
Além
das fraturas, a criança de um ano e três meses também apresenta um dos
olhos roxo. O caso ganhou publicidade quando a menina foi internada no
Hospital Infantil Lucídio Portela, em Teresina.
Geísa Chaves (Especial para o Cidadeverde.com)
Redação Lívio Galeno
redacao@cidadeverde.com
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