Em Teresina, 7.226 famílias resolveram
se desligar do programa. “O Bolsa Família é uma renda boa, mas você não
pode se conformar. Tem que buscar outro rumo”, afirma a servidora
pública Cleudiane Sousa, 27 anos, da cidade de Caxingó, Norte do estado.
Trabalhando agora em um posto de saúde no município, Cleudiane recebia o
benefício há quatro anos e resolveu abdicar da quantia mensal depois
que passou em um concurso público.
“O benefício era bom, mas nada comparado
com o meu salário”, afirma a servidora que tem um filho de quatro anos e
já trabalhou como ajudante no recadastramento de famílias no Programa.
“Como eu já trabalhei no recadastramento, eu tinha consciência de que eu
tinha que sair para dar lugar para outra pessoa que precisasse”,
completa.
Além de Cleudiane, mais 69 pessoas se
desligaram voluntariamente do Bolsa Família em Caxingó, município de
4.809 habitantes, situado a pouco mais de trezentos quilômetros da
capital Teresina.
Para Francisca Santos, secretária
municipal de Assistência Social de Caxingó, o número alto de
desligamento voluntário na cidade está ligado ao resultado de um
concurso público e ao aumento de número de aposentados. Além disso,
Francisca destaca o trabalho de conscientização feito pela secretaria.
“A gente fez uma mobilização. Chamávamos as famílias que descobríamos
que estavam acima do nível financeiro para conversarmos. Fizemos visitas
direto nas casas e funcionou”, afirma a secretária.
Jornal O Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário