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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Polícia Federal abre inquérito para investigar denúncias no HEDA

Após pedido do Ministério Público do Piauí, a Polícia Federal determinou a abertura de inquérito para apurar denúncias de irregularidades no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, litoral do Estado. A confirmação veio nesta quinta-feira (19). 

Portal do Delta
Promotor Antenor Neto

As denúncias foram feitas pelo promotor de justiça Antenor Filgueiras Lôbo Neto. Ele aponta a existência de várias irregularidades, como médicos com até cinco empregos. Em um caso, teriam sido concedidos 30 plantões de 24 horas para o mesmo profissional em um único mês. 

Há indícios ainda de fraudes para o recebimento do seguro DPVAT, destinado a vítimas de acidente de trânsito, com a participação de funcionários do HEDA. A exemplo do que denunciou a Revista Cidade Verde em Teresina, pessoas que não sofreram atropelamentos ou colisões com veículos estariam sendo orientadas a alterar o motivo da internação no hospital. 

Foto: Tacyane Machado/Portal Costa Norte

"A gente sabe que existem médicos que vão lá, colocam o dedo (no ponto eletrônico) e vão embora", disse o promotor ao Cidadeverde.com, afirmando existir uma "máfia branca" trabalhando para barrar os avanços buscados pelo poder público na melhoria do atendimento. 

Diante da situação, o promotor enviou ofício ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Antenor Neto pede o envio de 20 profissionais do programa Mais Médicos para suprir a demanda do litoral. "Se está sendo pago R$ 50 mil para o médico não operar, não clinicar, não encaminhar o doente para Teresina, traz cinco médicos do Mais Médicos para Parnaíba com esse dinheiro", exemplificou. 

"Mandei (o ofício) porque eu entendo que isso é em caráter de urgência. Eu acredito que, comprovando o que está acontecendo aqui, vou ter alguma resposta de lá", acrescentou.

O HEDA é motivo de polêmica há semanas. Em agosto, médicos pararam as atividades por conta do atraso de quatro meses no pagamento de plantões, provocados por uma auditoria aberta pelo Governo do Estado. Clara Leal, ex-diretora do Hospital de Urgência de Teresina, foi nomeada como interventora na unidade.

Fábio Lima
fabiolima@cidadeverde.com

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