O
jihadista Khaled Sharrouf é o terrorista mais procurado da Austrália.
Na sexta-feira (8), o australiano, membro do grupo terrorista Estado
Islâmico, publicou em seu perfil no Twitter uma foto de seu filho, de 7
anos, segurando a cabeça decepada de um soldado sírio. A legenda da foto
revela o pai todo orgulhoso: "Esse é o meu garoto."
A
imagem chocante foi registrada em julho deste ano em Raqqa, no interior
da Síria, cidade atualmente controlada pelos insurgentes. O menino
aparece vestido com trajes de passeio: shorts, bermuda, sandália e boné.
Segura a cabeça decepada pelos cabelos da vítima, com as duas mãos.
De
acordo com o jornal australiano "The Australian", não é a primeira vez
que Sharrouf posta fotos polêmicas com crianças nas redes sociais. Em
outra ocasião, ele divulgou uma imagem sua com seus quatro filhos
vestidos com roupas camufladas e segurando armas na mão. Noutras tantas,
aparece segurando cabeças decepadas como quem posa com troféus. Pela
brutalidade das imagens, não podemos reproduzi-las aqui.
Khaled
Sharrouf, de 33 anos, é um dos cerca de 150 australianos que se uniram
ao Estado Islâmico para participar dos combates no Iraque e na Síria.
Nascido em Punchbowl, Sharrouf foi violentado pelo pai ao longo da
infância e usou muitas drogas ilícitas durante a adolescência. Ficou
preso durante quatro anos, entre 2005 e 2009, na Austrália sob acusações
ligadas à conspiração e ao terrorismo. Voou para a Síria no ano
passado, com o passaporte de seu irmão, Mostafa, para se juntar às
tropas do EI. Levou os quatro filhos junto.
Choveram
críticas à foto publicada por Khaled Sharrouf. Nesta segunda-feira
(11), o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, afirmou que o EI não
é apensas um grupo terrorista, mas um exército que dissemina o terror
por onde passa. "Eles estão buscando não apenas um enclave terrorista,
mas efetivamente um Estado terrorista, uma nação terrorista." O
secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse que a foto
prova que o EI é uma "ameaça ao mundo civilizado". Em entrevista ao
jornal "The Sydney Morning Herald", o irmão de Sharrouf, Mostafa
Sharrouf, diz que as autoridades devem simplesmente "esquecer" a imagem.
"Vocês já devem ter visto coisa muito pior."
Fonte: Época
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