De acordo com a última pesquisa Ibope, Dilma está com 38% das intenções de voto em todo o Brasil, seguida pelo tucano Aécio Neves (23%) e por Eduardo Campos (PSB), com 9%. Se a eleição fosse hoje, o TSE excluiria da conta os votos brancos e nulos, mudando os índices dos candidatos.
Com uma taxa nacional de 13% de brancos e nulos – em 2010 ela estava em 7% – Dilma saltaria para 45%, Aécio para 27,2% e Campos para 10,6%. Esse número se aproxima ao que Dilma obteve quando foi ao segundo turno em 2010, ao atingir 46,9% dos votos, contra 32% de Serra e 20% de Marina Silva.
Nos maiores colégios eleitorais do País – Rio de Janeiro, São Paulo e Minas –, os nulos e brancos chegam a 15,6%, quase três vezes mais (5,6%) do que as pesquisas apontavam no mesmo período de 2010.
A média de votos nesses três Estados é de 32% para a presidente, 27% para Aécio e 5,3% para Campos. Sem os brancos e nulos, a presidente salta para 38%, Aécio vai a 32% e Campos a 6,2%.
Especialista em pesquisas de opinião e marketing eleitoral, o cientista político da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) Rodrigo Mendes Ribeiro atribui os altos índices de abstenções à estagnação econômica e aos protestos de junho. “Também tivemos o julgamento do mensalão, o que afasta os representantes dos representados, que não se identificam com os candidatos.”
Ribeiro lembra que, ao retirar da conta brancos e nulos, todos os candidatos crescem proporcionalmente, o que pode aumentar as chances da presidente se reeleger no primeiro turno. Mas essa não é sua principal aposta.
O professor lembra que Aécio e Campos são muito desconhecidos em todo o Brasil e o horário eleitoral deve apresenta-los a um público que pode desistir de anular ou votar em branco. “Dilma é muito conhecida. Serra também era em 2010. Agora, cerca de 37% do eleitorado nunca ouviu falar de Aécio. Imagina de Campos”, diz. “Ao mesmo tempo, 80% do eleitorado diz que quer mudança. Isso explica muito o atual cenário.”
FONTE:IG
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