De
acordo com a denúncia do médico, quatro policiais militares chegaram à
residência, localizada no bairro Serranópolis, procurando pelo irmão da
nutricionista que teria fugido de uma abordagem em Massapê, município
vizinho, por estar supostamente embriagado.
“Ao
ouvir um barulho, (Carla) levantou-se e dirigiu-se até a entrada da
casa onde se deparou com quatro policiais militares, os soldados, Bispo,
Francinilson, Paulo César e Carlos Bento, que tentavam imobilizar seu
irmão caçula, Gustavo que aparentava embriaguez alcoólica. Seu pai,
também na garagem, que dá acesso a casa. Ao ver o policial Carlos Bento
com uma arma em punho, descrita pela família como uma metralhadora,
pediu que o mesmo tivesse calma, baixasse a arma que tudo seria
resolvido na tranquilidade, sem agressão. Como resposta, Rafael
Marreiros foi violentamente imobilizado pelo dito policial, Carlos
Bento, com tamanha estupidez, que o mesmo chegou a cair no chão, tendo
antes levado um pisão de coturno no pé esquerdo, deixando um leve
ferimento”, descreve Wilson Coutinho.
A
nutricionista teria agido quando viu seu pai sendo agredido pelo
militar. “Carla Marreiros se dirigiu ao policial pedindo que o mesmo
parasse com aquilo. Foi quando, numa atitude abrupta, a mesma teve seu
corpo jogado ao chão e arrastado por quase dois metros pelo soldado,
Carlos Bento”, afirma o marido de Carla, enfatizando que sua mulher
espera um filho seu.
Professor Rafael que também teria sido agredido
Carla
ficou com a perna ferida e foi até o hospital Florisa Silva para fazer
um laudo médico que apresentou “escoriação leve em joelho direito,
acrescendo dores em região lombar e pé direito”. O plantonista também
realizou exame obstétrico para saber a reação do bebê, que não teria
sofrido qualquer reação.
Ao sair do hospital a nutricionista prestou queixa à Delegacia de Jaicós sobre as agressões sofridas.
Logo
após este episódio, os policiais conduziram presos e algemados, o
enfermeiro Gustavo e um amigo que lhe fazia companhia para a delegacia.
A
família está revoltada com a ação dos policiais e alegam que em nenhum
momento quiseram impedir os policiais de levarem o enfermeiro, já que
reconheceram que ele estava embriagado. “Em nenhum momento, nem eu, nem
minha esposa e nem Carla, tentamos impedir que eles (policiais),
levassem meu filho. Reconhecemos que ele realmente estava embriagado. O
que pedimos foi calma, sem violência e que os mesmos baixassem as armas,
pois não havia necessidade do uso de armas dentro da nossa casa”, disse
o professor Rafael ao portal Saiba Mais.
Ele
denunciou ainda que os dois policiais mais agressivos foram: Carlos
Bento e Paulo César “estavam inflamados, alterados, gritando e agiram
com violência”, destacou o professor Rafael.
O
médico Wilson Coutinho disse que o “abuso de autoridade” deverá ser
punido pela Corregedoria. “É o cúmulo do absurdo. E se tiver justiça no
Piauí, quero que o comandante da Polícia Militar no Estado, através da
Corregedoria apure e puna os responsáveis pela transgressão”,
indigna-se.
Polícia Militar
O
Cidadeverde.com entrou em contato com a 3ª Companhia da PM em Jaicós, o
soldado de plantou afirmou que os militares que participaram da ação
saíram de serviço na manhã deste domingo(13) e somente o comandante
Capitão Felix poderia falar sobre o assunto, porém ele não respondeu aos
nossos telefonemas.
Caroline Oliveira
Com informações do portal Saiba Mais
carolineoliveira@cidadeverde.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário