Entre os eleitores de centro-direita, a petista sobe seis pontos. No centro, pula mais algumas casas e atinge 47%. Avança outros três pontos se a eleição fosse só entre os brasileiros de centro-esquerda. E atinge seu recorde, 54% das intenções de voto, se a Presidência da República fosse decidida exclusivamente pelos eleitores esquerdistas.
Com os outros, as alterações também não são tão compassadas entre os diferentes grupos de afinidade ideológica, como se fosse mesmo uma escadinha no gráfico (confira abaixo).
Pelos mesmos critérios, quem tem as características mais parecidas com as de Dilma é a ex-senadora Marina Silva (PSB), que varia 11 pontos entre o seu pior desempenho (18% entre os direitistas) e o seu recorde (29% no grupo dos de centro-esquerda).
Marina, que não conseguiu montar seu próprio partido a tempo de disputar a eleição de 2014 e então filiou-se ao PSB, é considerada hoje uma candidata menos provável que Campos, o presidente nacional da legenda.
O perfil ideológico dos eleitores marineiros foi extraído do cenário em que a ex-senadora disputa contra Dilma e Aécio Neves.
As intenções de voto em Aécio vão piorando conforme o eleitorado vai ficando mais simpático às teses de esquerda.
FORMULAÇÕES
O Datafolha também cruzou as intenções de voto de cada candidato com os resultados do questionário de 16 perguntas que serviu de base para a classificação dos eleitores na escala que vai da direita à esquerda.
Assim, é possível saber com quais frases os eleitores de cada candidato mais se identificam.
Os eleitores de Dilma, por exemplo, são os mais simpáticos à ideia de que quanto mais benefício a pessoa tiver do governo, melhor. 52% deles preferem isso à ideia de que quanto menos dependente do governo, melhor.
O maior contraste, nesse aspecto, é com os eleitores de Aécio. Só 40% deles preferem a formulação dos benefícios em detrimento da independência do Estado.
Uma das características que distingue os eleitores de Aécio da média é a ideia de que a pobreza está mais ligada à preguiça do que à falta de oportunidades.
Entre os simpatizantes de Campos, 65% dizem que o governo deve atuar na economia para evitar abusos de empresas, taxa acima da média.
O Datafolha ouviu 4.557 pessoas nos dias 28 e 29 de novembro. A margem de erro é 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
FONTE:
Folha
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