O Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou o ano de
2014 com R$ 6,6 bilhões em aprovações para novos projetos de geração
eólica, equivalentes a 2.585,8 MW de potência instalada, contribuindo
para colocar o Brasil entre os cinco maiores investidores globais, tanto
em energia eólica quanto em energia renovável de maneira geral.
O desempenho
coloca o BNDES na liderança do financiamento ao setor. O valor
representa um aumento de 83,3% em relação ao montante aprovado no ano
anterior, de R$ 3,6 bilhões. Desde 2003, o apoio do Banco à geração
eólica somou R$ 20 bilhões, correspondentes a 7.287,8 MW.
Além de
ampliar a participação da energia limpa na matriz energética brasileira,
os projetos contribuirão para reduzir insumos como gás natural e outros
derivados do petróleo, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa.
As energias renováveis respondem, atualmente, por cerca de 80% da matriz
elétrica brasileira, uma participação bem superior à média
internacional, de 20%, e a dos países europeus, de pouco mais de 18%.
Os parques
eólicos brasileiros trarão, ainda, efeitos econômicos positivos diretos e
indiretos, como geração de emprego em regiões mais carentes, aumento da
demanda por serviços e produtos nos municípios e nova fonte de renda
para os pequenos proprietários em função do arrendamento das terras.
NOVAS APROVAÇÕES –
Em dezembro de 2014, a diretoria do BNDES aprovou financiamento de R$
1,7 bilhão para 22 parques eólicos, com capacidade instalada de 590,4
MW, em três Estados do Nordeste (Pernambuco, Piauí e RN) e no Rio Grande
do Sul. Os projetos, todos com previsão de início de operação no
primeiro semestre de 2015, são os seguintes:
Piauí –
Financiamento de R$ 555 milhões para a construção de sete parques
eólicos nos municípios de Marcolândia, Padre Marcos e Simões, com
potência instalada total de 205,1 MW. Os recursos serão destinados à
Chapada do Piauí Holding, controladora das sete sociedades de propósito
específico criadas para construir e operar os parques Santa Joana IX a
XIII e XV e XVI.
Pernambuco –
O apoio de R$ 580,8 milhões será destinado à construção de sete parques
eólicos no Estado, com os respectivos sistemas de transmissão e
investimentos sociais. Os parques, nos municípios de Paranatama, Pedra e
Caetés, agreste pernambucano, terão potência instalada total de 181,9
MW, com 107 aerogeradores.
A Ventos de
São Tomé Holding S/A detém 100% do capital das sete sociedades de
propósito específico constituídas para implantar os sete parques — Santa
Brígida I a VII — que compõem o Complexo Eólico Caetés. A holding, por
sua vez, é controlada pela Casa dos Ventos. Os investimentos totais são
de R$ 846,8 milhões.
O complexo
contará com 115 aerogeradores e investimentos totais de R$ 845 milhões,
criando 1,2 mil empregos diretos e indiretos durantes as obras. A
energia gerada foi comercializada no leilão de energia renovável
realizado em agosto de 2013 e será conectada ao Sistema Interligado
Nacional.
Rio Grande do Sul –
O Complexo Eólico Chuí obteve financiamento de R$ 379,6 milhões para a
construção de seis parques eólicos no município de Chuí, com potência
instalada de 144 MW. Os recursos do Banco incluem linha de transmissão
associada e projetos sociais na região. O valor total dos investimentos é
de R$ 806 milhões, gerando 1,5 mil empregos diretos e indiretos e
incluindo a compra de 72 aerogeradores.
Rio Grande do Norte –
O BNDES financiará R$ 154,6 milhões para a implantação de duas centrais
eólicas, Santa Helena e Santa Maria, no município de João Câmara. Os
parques, controlados pela Santa Helena Energias Renováveis e Santa Maria
Energias Renováveis, terão 59,4 MW de capacidade instalada total, com
22 aerogeradores, e os recursos do Banco incluem investimentos nos
respectivos sistemas de transmissão e em projetos sociais na região. O
valor total do investimento é de R$ 234,78 milhões.
Fonte: BNDES
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