A presidente Dilma Rousseff revelou como R$ 1,05 milhão de piauienses saíram da pobreza extrema.
A presidente Dilma Rousseff, que estará nesta terça-feira em Teresina, afirma que a Copa do Mundo é uma oportunidade histórica para acelerar investimentos e antecipar o cronograma de obras e projetos.
“Estaremos de braços abertos para receber da melhor forma possível, com hospitalidade, conforto e segurança, os visitantes, torcedores, atletas e profissionais que acompanharão tanto a Copa do Mundo quanto os Jogos Olímpicos. Para nós, brasileiros, os megaeventos oferecem oportunidade histórica para acelerar investimentos e antecipar o cronograma de obras e projetos”, disse a presidente Dilma Rousseff, em entrevista ao Jornal Meio Norte.
Meio Norte – Que estratégia que o Governo Federal adotou para permitir que no Nordeste 9,6 milhões de pessoas tenham saído da pobreza extrema no Nordeste e mais de 1 milhão no Piauí?
Dilma Rousseff - O Piauí foi beneficiado por investimentos do PAC, que somam R$ 9,59 bilhões. Deste total, R$ 4,2 bilhões serão investidos pós-2014 e recebeu muitos investimentos da grande maioria dos programas. O Programa Brasil sem Miséria fez com que as famílias beneficiárias do Bolsa Família chegassem a 449,2 mil e que 1,05 milhão de pessoas saíram da extrema pobreza desde 2011. Somente em 2011, 91 mil pessoas saíram da extrema pobreza, com reajustes no valor dos benefícios. 796 mil pessoas, de zero a 15 anos, saíram da extrema pobreza em 2012 com o Benefício de Superação da Extrema Pobreza e mais de 161 mil pessoas saíram da extrema pobreza a partir de março de 2013. Os valores transferidos pelo Programa Bolsa Família são altos e com grande repercussão na melhoria de vida dos piauienses. Em
2011 foram transferidos R$ 589 milhões; 2012, R$ 712 milhões; em 2013, R$ 903 milhões; em 2014, R$ 917 milhões, o que é um aumento de 85,4% em relação a 2010.
Meio Norte – Quantas unidades do Programa Minha Casa Minha Vida foram construídas no Piauí?
Dilma Rousseff – Conseguimos que pelo Programa Minha Casa Minha Vida fossem entregues 27,8 mil moradias e mais 38,7 mil contratadas e que estão para entregar. No Piauí, os investimentos feitos pelo Programa Minha Casa Minha Vida 2 foram de R$ 1,75 bilhão, em subsídios federais e R$ 536 milhões em financiamentos.
Meio Norte - Preparando-se para receber a Copa do Mundo de Futebol neste ano de 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016, o que o Brasil tem feito para oferecer a infraestrutura necessária a esses eventos mundiais, inclusive e principalmente no terreno da mobilidade urbana e da segurança pública?
Dilma Rousseff – O Brasil está preparando a Copa das Copas e os melhores Jogos Olímpicos da história. Estaremos de braços abertos para receber da melhor forma possível, com hospitalidade, conforto e segurança, os visitantes, torcedores, atletas e profissionais que acompanharão tanto a Copa do Mundo quanto os Jogos Olímpicos. Para nós, brasileiros, os megaeventos oferecem oportunidade histórica para acelerar investimentos e antecipar o cronograma de obras e projetos. É importante destacar que a maioria desses investimentos já estava prevista no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Esses projetos são necessários para permitir a melhoria da mobilidade urbana e dos serviços de transporte coletivo no país.
Meio Norte – Qual o valor desses investimentos em mobilidade urbana?
Dilma Rousseff - Em todo o Brasil, estão sendo investidos mais de R$ 143 bilhões em mobilidade urbana. Deste total, R$ 93 bilhões são para obras já selecionadas. Outros R$ 50 bilhões são recursos do Pacto da Mobilidade. Para garantir o êxito do mundial de futebol dentro e fora de campo, o Governo Federal coordena, em parceria com prefeituras e governos estaduais, o esforço para integrar os planos operacionais das diferentes áreas envolvidas na preparação das cidades-sede, assegurando que todos os detalhes sejam levados em conta, de forma a realizarmos a Copa das Copas.
Meio Norte – Como o Governo Federal está se preparando para garantir a segurança das pessoas que participarão da Copa do Mundo?
Dilma Rousseff - O Brasil está preparado para garantir a segurança dos seus cidadãos e dos visitantes. O investimento do Governo Federal para ações de segurança e defesa soma R$ 1,9 bilhão. As ações envolvem a instalação de centros integrados de comando e controle em todas as cidades-sede, o fortalecimento da infraestrutura dos pontos de entrada no país, a aquisição de sistemas e equipamentos para aprimorar a segurança nas estradas, a aquisição de sistemas para centralizar as operações de segurança, e soluções de integração de radiocomunicação entre instituições estaduais, municipais e os órgãos federais.
Meio Norte – Como as Forças Armadas irão participar da segurança do país durante a Copa do Mundo?
Dilma Rousseff - As Forças Armadas também se prepararam para participar do evento, por meio do planejamento e da execução das ações de segurança, num trabalho integrado com o Ministério da Justiça e órgãos de segurança pública nos níveis federal, estadual e municipal.
Para garantir o fornecimento regular de serviços à população e fiscalizar movimentações suspeitas em fronteiras, nos espaços aéreos ou marítimos, as Forças Armadas montaram um esquema de atuação em 11 setores estratégicos de defesa do Estado: Defesa Aeroespacial e Controle do Espaço Aéreo; Defesa de Estruturas Estratégicas; Defesa Marítima e Fluvial; Cooperação nas Fronteiras; Fiscalização de Explosivos; Segurança e Defesa Cibernética; Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear; Prevenção e Combate ao Terrorismo; Emprego de Helicóptero; Força de Contingência e Segurança VIP - incluindo a segurança de chefes de Estado. As atividades principais desses eixos visam ao aproveitamento da capacidade operacional das Forças Armadas no cumprimento de missões constitucionais e, quando for o caso, o emprego das Forças Armadas na segurança em cooperação com as organizações de segurança pública.
Meio Norte - O que seu Governo vem fazendo para tornar possível aos nordestinos conviverem com a seca que, aliás, tem sido rigorosa nesses últimos dois anos?
Dilma Rousseff – O governo atua em várias frentes para reduzir os efeitos da estiagem no semiárido. Em parceria com os Estados, o governo investiu R$ 12 bilhões entre 2012 e 2013 em ações emergenciais, obras estruturantes e linhas especiais de crédito para amenizar as perdas econômicas nas áreas atingidas no semiárido nordestino e em Minas Gerais. Pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos em infraestrutura hídrica mais que triplicaram, passando de R$ 7,2 bilhões no PAC 1 para R$ 26 bilhões no PAC 2, nos eixos Oferta de Água, Seca, Irrigação, Drenagem e Revitalização. Apenas no Projeto de Integração do Rio São Francisco, por exemplo, faz parte do PAC. Orçado em R$ 8,2 bilhões, o empreendimento prevê recursos de quase R$ 1 bilhão para programas básicos ambientais, o que representa cerca de 11,8% do investimento total. Trata-se do mais significativo volume de investimentos nas questões socioambientais e arqueológicas do semiárido setentrional.
Além do Projeto de Integração do Rio São Francisco, o Governo Federal executa e apoia outros grandes empreendimentos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de centenas de pequenas e médias obras de abastecimento de água, esgotamento sanitário e recuperação de bacias hidrográficas. São obras estruturantes, como barragens, adutoras e canais, que já estão transformando o semiárido brasileiro. A cada R$ 1 investido no Projeto de Integração do rio São Francisco, outros R$ 3 são aplicados em obras estruturantes para garantir a segurança hídrica no Nordeste.
Meio Norte – Como está a integração do Programa para Todos no enfrentamento da seca no Nordeste?
Dilma Rousseff?
Dilma Rousseff - Entre outros programas está o Água para Todos que já instalou mais de 489 mil cisternas, até o momento, para armazenamento de água para consumo humano. Além disso, foram entregues no mesmo período, 46.680 sistemas de armazenamento de água para produção agropecuária. Desde 2011, o programa já repassou para os Estados R$ 1,7 bilhão. O Água para Todos faz parte do Plano Brasil Sem Miséria e reúne um conjunto de ações federais para universalizar o acesso e o uso de água para consumo humano.
A operação Carro-Pipa, outra importante estratégia para levar água à população do semiárido, desde janeiro de 2012 destinou mais de R$ 1,2 bilhão. Sob a coordenação do Exército Brasileiro, foram contratados 5.870 carros-pipa para levar água a mais de 3,7 milhões de pessoas em 764 municípios. Além disso, pelos governos estaduais são atendidos 764 municípios com 2.377 carros, que também contam com recursos do Governo Federal para apoiar a ação. Entre as ações emergenciais autorizadas pelo Governo Federal, o Bolsa Estiagem, por exemplo, investiu mais de R$ 1,4 bilhão para auxiliar agricultores em todo o semiárido. Já o Garantia-Safra investiu aproximadamente R$ 1,3 bilhão.Para socorro e assistência foram investidos R$ 336 milhões às vítimas da estiagem para o reestabelecimento de serviços essenciais. Além disso, por meio da Linha Emergencial de Crédito foi possível assegurar a continuidade da assistência de crédito com juros baixos para produtores rurais afetados pela seca. O total de recursos disponibilizados ao crédito especial para estiagem foi de R$ 3,450 bilhões, para socorrer municípios da área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e que estejam com situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Foram contratadas 511.447 operações pelas linhas emergenciais de crédito, no valor de R$ 3,448 bilhões. Como se vê, o governo federal tem atuado em várias frentes para reduzir os efeitos da estiagem. Em parceria com os Estados, meu governo investiu, entre 2012 e 2013, R$ 12 bilhões em ações emergenciais, obras estruturantes e linhas especiais de crédito para amenizar as perdas econômicas nas áreas atingidas no semiárido e em Minas Gerais.
Efrém Ribeiro
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