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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Portuguesa ou Fluminense: STJD decide quem joga a Série B em 2014

Portuguesa e Fluminense conhecerão seus destinos na tarde desta segunda-feira. Mais do que isso, estará em jogo o futuro do futebol brasileiro. O time paulista será julgado às 17h pelo STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) por escalar um jogador irregular em partida da última rodada do Brasileirão. Se for absolvido, permanece na elite. Se condenado, perderá quatro pontos e vai ter que disputar a Série B de 2014 no lugar dos cariocas. E o principal torneio do País, mais uma vez, ganhará asteriscos e será decidido nos tribunais.
A Lusa foi denunciada pela procuradoria do STJD por utilizar o meia Héverton no empate por 0 a 0 contra o Grêmio, realizado no último dia 8 de dezembro. O atleta foi relacionado e entrou em campo aos 32 minutos do segundo tempo.
Héverton foi julgado no dia 6 por sua expulsão no jogo contra o Bahia, no dia 24 de novembro. O meia cumpriu suspensão automática na rodada seguinte. Mas, julgado no último dia 6, o atleta foi condenado a pagar mais uma partida de pena. Logo, ele não poderia ter atuado diante dos gaúchos.
O departamento jurídico da Portuguesa alega que não estava ciente da punição. Já o advogado Osvaldo Sestário Filho, representante do clube no julgamento, afirma ter passado corretamente a informação sobre a suspensão do Héverton. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) publicou o resultado do julgamento em seu site oficial somente no dia 9, depois da rodada.
O caso envolve diretamente o Fluminense, pois a Lusa perderá quatro pontos em caso de condenação (três pela infração mais um pelo resultado do jogo com o Grêmio). Desta forma, a equipe do Canindé, 12ª colocada, cairia de 48 para 44 pontos na tabela do Brasileirão e entraria na zona de rebaixamento. Os cariocas, que terminaram o campeonato na 17ª posição com 46 pontos, subiriam um posto e continuariam na Série A em 2014.
Procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt negou que a eventual queda da Portuguesa possa ser considerada uma virada de mesa a favor do Flu.
“Temos esse fantasma de tapetão, mas isso só acontece quando há uma canetada ou se entra pela porta dos fundos. Estamos apenas cumprindo a legislação desportiva. O problema criado é da Portuguesa, não do STJD”, disse Schmitt.
O Flamengo também será julgado nesta segunda. O time da Gávea pode também perder quatro pontos por ter utilizado o lateral-esquerdo André Santos de forma irregular na última rodada do Brasileirão. Expulso na final da Copa do Brasil, o atleta foi julgado e deveria cumprir suspensão no dia 8, o que não ocorreu.
Qualquer que seja a decisão tomada pelo STJD nesta segunda caberá recurso às partes interessadas. A definição final se dará pelo Pleno da entidade.
País dos arteriscos
Acervo/Gazeta Press
Sandro Hiroshi: revelação de irregularidade provocou reviravolta no Brasileirão de 1999
A edição de 2013 está longe de ser a primeira vez que o Brasileirão será decidido fora de campo. O Grêmio foi rebaixado em 1991 e jogou a Série B em 1992. Como acabou somente em 11º, a CBF decidiu subir 12 clubes para a primeira divisão de 1993 e ainda incluiu os gaúchos em um grupo que estaria livre de uma possível queda.
Em 1996, Fluminense e Bragantino conseguiram não ir para a Série B graças a uma mudança no regulamento, que cancelou o rebaixamento daquele ano. Na temporada seguinte, os cariocas foram mal novamente e não tiveram alternativa senão jogar a segunda divisão de 1998, da qual caíram para a terceira.
Em 1999, o “caso Sandro Hiroshi” fez com que o Botafogo ficasse com os três pontos de uma derrota e o Internacional ganhasse um ponto de um empate contra o São Paulo. A medida foi suficiente para tirar a equipe carioca da zona da degola, empurrando o Gama. O clube brasiliense recorreu à Justiça Comum e conseguiu o direito de permanecer na elite. A CBF ficou proibida de organizar o Brasileirão de 2000.
Foi nessa temporada que ocorreu a Copa João Havelange, organizada pelo extinto Clube dos 13. O Fluminense, campeão da Série C em 1999, pulou direto para a elite, assim como o Bahia, que estava na Série B e não conseguiu o acesso dentro de campo.
Por fim, no último caso de “tapetão” registrado até hoje, foi descoberto que o ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho manipulou o resultado de 11 jogos do Brasileirão de 2005. Em decisão inédita, o STJD anulou as partidas e mandou repeti-las. O Corinthians, que não não havia somado nenhum ponto em dois destes duelos, ganhou quatro pontos e, mais tarde, conquistou o título brasileiro com três de vantagem sobre o Internacional.
AE
Edílson Pereira de Carvalho manipulou 11 jogos no Brasileirão de 2005 e mudou resultado final do campeonato
Fonte: iG

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