A Lusa foi denunciada pela procuradoria do STJD por utilizar o meia Héverton no empate por 0 a 0 contra o Grêmio, realizado no último dia 8 de dezembro. O atleta foi relacionado e entrou em campo aos 32 minutos do segundo tempo.
Héverton foi julgado no dia 6 por sua expulsão no jogo contra o Bahia, no dia 24 de novembro. O meia cumpriu suspensão automática na rodada seguinte. Mas, julgado no último dia 6, o atleta foi condenado a pagar mais uma partida de pena. Logo, ele não poderia ter atuado diante dos gaúchos.
O departamento jurídico da Portuguesa alega que não estava ciente da punição. Já o advogado Osvaldo Sestário Filho, representante do clube no julgamento, afirma ter passado corretamente a informação sobre a suspensão do Héverton. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) publicou o resultado do julgamento em seu site oficial somente no dia 9, depois da rodada.
O caso envolve diretamente o Fluminense, pois a Lusa perderá quatro pontos em caso de condenação (três pela infração mais um pelo resultado do jogo com o Grêmio). Desta forma, a equipe do Canindé, 12ª colocada, cairia de 48 para 44 pontos na tabela do Brasileirão e entraria na zona de rebaixamento. Os cariocas, que terminaram o campeonato na 17ª posição com 46 pontos, subiriam um posto e continuariam na Série A em 2014.
Procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt negou que a eventual queda da Portuguesa possa ser considerada uma virada de mesa a favor do Flu.
“Temos esse fantasma de tapetão, mas isso só acontece quando há uma canetada ou se entra pela porta dos fundos. Estamos apenas cumprindo a legislação desportiva. O problema criado é da Portuguesa, não do STJD”, disse Schmitt.
O Flamengo também será julgado nesta segunda. O time da Gávea pode também perder quatro pontos por ter utilizado o lateral-esquerdo André Santos de forma irregular na última rodada do Brasileirão. Expulso na final da Copa do Brasil, o atleta foi julgado e deveria cumprir suspensão no dia 8, o que não ocorreu.
Qualquer que seja a decisão tomada pelo STJD nesta segunda caberá recurso às partes interessadas. A definição final se dará pelo Pleno da entidade.
País dos arteriscos
Sandro Hiroshi: revelação de irregularidade provocou reviravolta no Brasileirão de 1999
Em 1996, Fluminense e Bragantino conseguiram não ir para a Série B graças a uma mudança no regulamento, que cancelou o rebaixamento daquele ano. Na temporada seguinte, os cariocas foram mal novamente e não tiveram alternativa senão jogar a segunda divisão de 1998, da qual caíram para a terceira.
Em 1999, o “caso Sandro Hiroshi” fez com que o Botafogo ficasse com os três pontos de uma derrota e o Internacional ganhasse um ponto de um empate contra o São Paulo. A medida foi suficiente para tirar a equipe carioca da zona da degola, empurrando o Gama. O clube brasiliense recorreu à Justiça Comum e conseguiu o direito de permanecer na elite. A CBF ficou proibida de organizar o Brasileirão de 2000.
Foi nessa temporada que ocorreu a Copa João Havelange, organizada pelo extinto Clube dos 13. O Fluminense, campeão da Série C em 1999, pulou direto para a elite, assim como o Bahia, que estava na Série B e não conseguiu o acesso dentro de campo.
Por fim, no último caso de “tapetão” registrado até hoje, foi descoberto que o ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho manipulou o resultado de 11 jogos do Brasileirão de 2005. Em decisão inédita, o STJD anulou as partidas e mandou repeti-las. O Corinthians, que não não havia somado nenhum ponto em dois destes duelos, ganhou quatro pontos e, mais tarde, conquistou o título brasileiro com três de vantagem sobre o Internacional.
Edílson Pereira de Carvalho manipulou 11 jogos no Brasileirão de 2005 e mudou resultado final do campeonato
Fonte: iG
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