Um
helicóptero e carros de luxo estão entre os bens sequestrados na
Operação Salt (sal em inglês), deflagrada pela Polícia Federal na manhã
desta terça-feira (17) para combater crimes tributários e lavagem de
dinheiro nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco. O delegado Rubens França, da PF, detalhou que um empresário do ramo salineiro de Mossoró,
na região Oeste potiguar, é o principal suspeito de operar uma
organização criminosa responsável por criar mais de 38 empresas em nome
de laranjas para sonegar impostos.Foram
cumpridos 23 mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró,
Grossos e Macau, no RN, além de Catolé do Rocha, na Paraíba, e
Fortaleza, no Ceará. A operação apreendeu quase R$ 100 mil em dinheiro,
carros de luxo, joias e documentos que comprovam a existência do grupo
econômico, segundo informou o delegado França. "Também foram
sequestrados diversos bens através de medidas judiciais", acrescenta.
Até o momento duas pessoas foram detidas, ambas em Mossoró e por posse
ilegal de arma.
De
acordo com Rubens França, o grupo criava uma empresa e a mesma
funcionava normalmente até determinado momento. "Quando a empresa
adquiria um ativo tributário, era criada uma nova em nome de laranjas,
que recebia todos os bens e a parte financeira da anterior, deixando
apenas as dívidas. Com isso, a Receita Federal não tinha como sequestrar
os bens e o ativo financeiro para quitar os débitos", ressalta o
delegado.
A
estimativa da Receita Federal é que o grupo tenha uma dívida de mais de
R$ 430 milhões. A investigação, ainda de acordo com a Polícia Federal,
durou cerca de seis meses e revelou que o grupo criava empresas nos
ramos salineiro, de carcinicultura, tecelagem, venda de veículos e
combustível. Participaram da operação 88 policiais federais.
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