A cidade é mais uma das que decretou estado de emergência por conta da seca. A equipe de reportagem pegou a estrada rumo a comunidades sem energia elétrica, no meio do nada, onde moram famílias humildes, as que mais sofrem com os efeitos da estiagem.
A primeira parada foi na casa do Seu Teodoro e da Dona Raimunda. Todos os dias ela tem como principal tarefa conseguir água pra família.
Jornal Nacional: Eles falaram que era pertinho, mas eu acho que vai dar mais ou menos dois quilômetros de caminhada.
Raimunda Francisca Rodrigues, agricultora: Pra nós é perto, pra nós eu acho que é perto, quer dizer que a gente é acostumada a fazer todo dia.
Jornal Nacional: E quantas vezes a senhora vem pegar aqui?
Raimunda: Cinco!
E não é só a família da Dona Raimunda que necessita dessa água. No município, são pelo menos 30 pessoas que precisam da mesma fonte pra sobreviver.
“A gente tem que remediar com o que tem”, disse Raimunda.
“Se não for forte e tiver coragem, não vive nesse lugar aqui”, afirmou Vasco de Jesus Rodrigues.
Vasco faz o percurso pelo menos três vezes ao dia. São quase duas horas caminhada. Para ter a água suja, eles fizeram um poço no leito de um riacho, que também secou. E ainda tem as abelhas, para dificultar um pouco mais.
“É importante pra nós e para os bichos. Se não tivesse ela não dava para viver”, ressaltou Vasco.
Fonte: Com informações do G1\180Graus
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