Foram detidos, nesta segunda-feira (6), seis envolvidos no ataque ao ônibus
que matou uma criança de seis anos no Maranhão. O ataque ocorreu na
sexta-feira (3). De acordo com informações do coronel Aldimar Zanoni
Porto, comandante-geral da Polícia Militar do Maranhão, o grupo é
suspeito de atear fogo a um ônibus na Vila Sarney Filho, município de
São José de Ribamar. Os suspeitos foram detidos no mesmo local onde o
coletivo foi incendiado.
O ataque deixou cinco feridos; entre eles, duas crianças.
Na manhã desta segunda-feira, a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6
anos, morreu no Hospital Juvêncio Matos, após ter 95% do corpo queimado.
O coronel Zanoni não informou
quando os suspeitos serão apresentados. A polícia também não soube
informar se existem menores de idade entre os detidos, pois os seis
homens estavam sem documentos.
A onda de ataques, que deixou mais quatro pessoas
feridas, começou depois de uma operação realizada pela Tropa de Choque
da Polícia Militar no Complexo de Pedrinhas, em São Luís, com o objetivo
de diminuir as mortes nas unidades prisionais do estado.
Na quinta-feira (2), dois presos foram encontrados mortos em Pedrinhas.
Só em 2013, de acordo com o relatório do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) entregue no dia 27 de dezembro, 60 detentos morreram em presídios
do Maranhão.
Nos ataques de sexta-feira (3), quatro ônibus foram incendiados
na Vila Sarney Filho, em São José de Ribamar; na Avenida Kennedy, no
João Paulo e na Avenida Ferreira Gullar, em São Luís. Além disso, duas
delegacias (no São Francisco e na Liberdade) foram alvo de tiros na
capital.
Em entrevista coletiva realizada na manhã de domingo (5), no
auditório da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Maranhão, a cúpula
da Segurança do estado apresentou dez suspeitos de participarem dos
ataques a quatro ônibus e à 9ª Delegacia de Polícia ocorridos na última
sexta, em São Luís. No total, 15 pessoas já foram presas e dois
adolescentes foram apreendidos.
"A polícia deu uma resposta efetiva, rápida e pronta a essas ações
criminosas, que foram represálias à ação de moralização do sistema
prisional do Maranhão. Grande parte das lideranças dessas duas facções
criminosas está presa", afirmou o secretário de Segurança do Estado,
Aluísio Mendes.
FONTE:
G1
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