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quarta-feira, 1 de abril de 2015

PALESTRA “ABORTO E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA”

A secretaria municipal de saúde de Marcolândia realizou, na tarde desta terça-feira 31 de março,na câmara municipal,uma palestra abordando um tema muito importante e polêmico “aborto e gravidez na adolescência”.A secretária de saúde Albetiza Araújo,falou da importância dos contraceptivos.

CONTRACEPÇÃO: Os contraceptivos são métodos existentes, que ao serem utilizados evitam uma gravidez. Existem vários métodos contraceptivos, mas não há nenhum que seja bom para todas as mulheres ou homens, de todas as idades e em todas as situações. Cada mulher e cada homem deve decidir, juntamente com o seu medico, qual o método contraceptivo mais adequado ao seu caso, à sua idade e ao seu estado de saúde, nas diferentes fases da sua vida fértil. É necessário saber que, qualquer que seja o método escolhido, só resultará se for utilizado corretamente.Uma palestra de extrema importância para a vida dos nossos adolescentes, devido ao aumento de gravidez e paternidade precoce onde temas como aborto, métodos contraceptivos, gravidez na adolescência, pré natal, entre outros, foram abordados.

A palestra foi presidida pela enfermeira Vera da equipe 1,a qual falou de aborto e gravidez na adolescência.

Educação para a sexualidadeEducar para a sexualidade é, hoje em dia, fundamental na promoção da saúde e do desenvolvimento pessoal e social dos homens e das mulheres. Problemas como a gravidez não desejada, infecções por VIH e outras infecções sexualmente transmissíveis, assumem uma dimensão relevante em todo o mundo. É evidente a necessidade de uma educação para a sexualidade responsável. É fundamental transmitir conhecimentos e informações precisas sobre o desenvolvimento e funcionamento do corpo, a sexualidade e os afetos. A passagem da informação deve ser clara, precisa e consistente tendo em conta os valores, as expectativas, as aspirações e as necessidades de cada pessoa e de cada cultura. Rapazes e moças, homens e mulheres de todo o mundo, têm direito à informação e educação sobre a sexualidade, e a serviços e apoios em matéria de Saúde Sexual e reprodutiva, incluindo o conhecimento e acesso dos diversos métodos contraceptivos, tal como foi assumido e reiterado nas várias conferências e cimeiras das Nações Unidas.Mais uma ação que contribui grandiosamente na vida de nossos adolescentes, onde o principal objetivo é informar a eles e mostrar as opções disponíveis para evitar  doenças e gravidez prematura.“A sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contato, ternura e intimidade; integra-se no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental”. 1. GravidezBiologicamente a gravidez pode ser definida como o período que vai da concepção ao nascimento de um indivíduo. Entre os animais irracionais trata-se de um processo puro e simples de reprodução da espécie. Entre os seres humanos essa experiência adquire um caráter social, ou seja, pode possuir significados diferenciados para cada povo, cada cultura, cada faixa etária.Em alguns países como a China, que não possui mais capacidade territorial para absorver um número elevado de indivíduos a maternidade é controlada pelo governo e cada casal só pode ter um filho. Em outras culturas como em tribos indígenas e alguns países africanos gravidez é sinônimo de saúde, riqueza e prosperidade.No Brasil, onde não há controle de natalidade e onde o planejamento familiar e a educação sexual ainda são assuntos pouco discutidos, a gravidez acaba tornando-se, muitas vezes, um problema social grave de ser resolvido. É o caso da gravidez na adolescência.2. Gravidez na adolescênciaDenomina-se gravidez na adolescência a gestação ocorrida em jovens de até 21 anos que encontram-se, portanto, em pleno desenvolvimento dessa fase da vida – a adolescência. Esse tipo de gravidez em geral não foi planejada nem desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade. No Brasil os números são alarmantes.Cabe destacar que a gravidez precoce não é um problema exclusivo das meninas. Não se pode esquecer que embora os rapazes não possuam as condições biológicas necessárias para engravidar, um filho não é concebido por uma única pessoa. E se é à menina, que cabe a difícil missão de carregar no ventre, o filho, durante toda a gestação, de enfrentar as dificuldades e dores do parto e de amamentar o rebento após o nascimento, o rapaz não pode se eximir de sua parcela de responsabilidade. Por isso, quando uma adolescente engravida, não é apenas a sua vida que sofre mudanças. O pai, assim como as famílias de ambos também passam pelo difícil processo de adaptação a uma situação imprevista e inesperada.A adolescência é o momento de formação escolar e de preparação para o mundo do trabalho. A ocorrência de uma gravidez nessa fase, portanto, significa o atraso ou até mesmo a interrupção desses processos. O que pode comprometer o início da carreira ou o desenvolvimento profissional.destacou Vera.
A enfermeira Vera falou também sobre tabus e verdade.

3. Como evitar?É muito comum ouvir nas ocasiões em que se discute esse assunto com os adolescentes, perguntas do tipo: o asseio íntimo com ducha vaginal depois da relação sexual previne a gravidez? Quando a relação é em pé há risco de engravidar? Uma menina pode engravidar na sua primeira transa? E muitas outras perguntas e afirmações mitológicas sobre como não engravidar. A resposta a todas essas questões postas acima é única. Em todas as situações há risco de engravidar sim.Não importa que tipo de asseio se faça depois do ato sexual. O espermatozóide é lançado no canal vaginal durante a ejaculação ou até mesmo antes, no líquido lubrificante produzido pelo homem. Isso significa que na hora do asseio eles já estão bem longe do alcance de uma ducha íntima. O fato da transa ser em pé, de lado ou em qualquer outra posição também não altera em nada o percurso dos espermatozóides até o óvulo. Também não se pode pensar que porque é a primeira vez de uma garota os espermatozóides fiquem “cerimoniosos” e resolvam voltar sem fecundar o óvulo. Até mesmo porque eles não teriam para onde voltar não é verdade?Outras garotas ao iniciarem sua vida sexual tomam decisões como: só praticar sexo anal; só transar durante a menstruação; fazer tabelinha; pedir ao parceiro que utilize o coito interrompido, entre outras estratégias equivocadas, que passam de boca-em-boca como eficientes.Tudo bem, sexo anal não engravida porque é anatomicamente impossível: não há como o espermatozóide migrar do canal retal para o vaginal. Porém, há que se ter cuidado com o líquido expelido pelo pênis durante a excitação. Esse líquido pode conter espermatozóides que em contato com a vagina podem ter acesso ao óvulo mesmo não havendo penetração vaginal. Outro fator também tem que ser considerado. Não se pode optar pelo sexo anal se essa não é uma escolha, se a experiência não é agradável aos dois e sim porque é mais seguro.O coito interrompido é outra opção que não convém, pois no momento máximo da excitação pode não dar tempo de realizar o procedimento ou mesmo que tudo ocorra bem bastaria que uma gotícula de esperma caísse na vagina para que houvesse risco de gravidez.Denomina-se coito interrompido a ação do homem de retirar o pênis da vagina durante a penetração para ejacular o sêmen fora.A tabelinha também é um método arriscado, sobretudo no início da vida sexual e sem acompanhamento de um profissional. Esse é um recurso usado como paliativo e sempre orientado por um médico e acompanhado de outros métodos contraceptivos. Assim como no caso da transa durante a menstruação o fator regularidade do ciclo menstrual é fundamental, o que significa dizer que se o ciclo for irregular não dá para confiar nesses métodos.

Diante disso só o acesso à informação, a educação, assim como a conscientização e a orientação para o uso de contraceptivos, são as únicas formas de combater e prevenir a gravidez na adolescência.

Fonte e Fotos:Blog Chagas Fotografias

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