
A
presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (24), durante seu
discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, que é "apressada" a tese
de que as economias dos países emergentes vão perder dinamismo com o fim
da crise financeira mundial. Segundo a presidente, apesar de as
economias desenvolvidas darem claros sinais de recuperação, as
emergentes vão continuar a desempenhar "papel estratégico". O discurso
de Dilma durou aproximadamente trinta minutos.
"Ainda que as economias desenvolvidas mostrem claros sinais de recuperação, as emergentes continuarão
a desempenhar papel estratégico. Estamos falando de países com grandes
capacidade de investimento e de ampliação do conusmo, com demanda por
infraestrutura social, urbana, energia, petróleo, investimentos
industriais e agrícolas [...] É apressada a tese de que após a crise as
economias emergentes serão menos dinâmicas. Lá estão grandes
oportunidades", afirmou a presidente.
Ainda segundo Dilma, os países emergentes são "sociedades em
processo de forte mobilidade social, nas quais se consituem mercados
internos dinâmicos, integrados por milhões, às vezes bilhões de
consumidores".
Para a presidente, a saída definitiva da crise financeira mundial não pode prever apenas as ações
a curto prazo. "É imprescindível resgatar o horizonte de médio e longo
prazo para dar suporte aos diagnósticos e ações necessários para o
crescimento das diferentes economias", afirmou Dilma. "Como as economias
desenvolvidas foram as mais afetadas pela crise, ao dela saírem,
criarão um ambiente econômico global mais favorável para todo o mundo",
concluiu.
Inflação
A presidente falou também sobre os esforços do governo brasileiro
para controlar a inflação no país. Segundo ela, o Brasil está sendo
"construído sem abdicar do nosso compromisso com a solidez dos
fundamentos macroeconômicos", entre eles, o controle da inflação.
"A inflação no Brasil permanece sob controle e desde 99 o Brasil
segue o regime de metas. Nos últimos anos perseguimos o centro da meta e
a cada ano trabalhamos para lograr esse objetivo. Os resultados até
aqui estão dentro das metas. Buscamos a convergência para o centro da
meta. A experiência que tivemos das elevadíssimas taxas de inflação dos
anos 80 e 90 nos ensinou o poder destrutivo do descontrole de preços
sobre as rendas, salário, lucros das empresas", afirmou.
"A estabilidade da moeda é hoje um valor central do nosso país.
Quero enfatizar que nós não transigimos com a inflação", concluiu a
presidente.
FONTE:
G1
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