“As duas crianças passavam na frente da casa do dentista, quando a menina de 9 anos teve uma dor de barriga e fez cocô na calçada. Ao presenciar a cena, o dentista saiu da residência armado e ameaçando as crianças. Ele chegou a apontar a arma pra cabeça do garoto de 10 anos e o obrigou a passar as fezes da irmã no rosto”, relatou o delegado.
Ao saber do caso, a mãe das crianças denunciou o dentista à polícia e a prisão dele foi decretada. De acordo com o delegado, durante a prisão o suspeito confirmou a ameaça e entregou a arma aos policiais. Após isso, ele foi encaminhado à Central de Flagrantes de Teresina.
“O dentista foi autuado por porte ilegal de arma, ameaça e maus-tratos, estes dois últimos crimes com base no Estatuto da Criança e do Adolescente. O problema é que no dia seguinte, o juiz expediu o alvára de soltura e o suspeito pagou a fiança de dois salários minímos”, disse Jorge Queiroz.
Após a soltura do dentista, a Polícia Civil abriu dois inquéritos para apurar a responsabilidade do suspeito, um no 7º Distrito Policial e outro na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Nas próximas semanas, testemunhas de defesa e acusação serão ouvidas pelo delegado Jorge Queiroz.
“Mesmo o suspeito apresentando o documento da arma e o certificado de porte, eu acredito que ele seja um desequilibrado. Ele não tinha o direito de apontar a arma para uma criança e como profissional de saúde deveria ter ajudado, ao invés de ameaçar”, declarou o delegado.
G1
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