Desfalcado do capitão e craque do time, o atacante Neymar, que estava à serviço de seu clube na final da Liga dos Campeões, e de Robinho, que acusou uma lesão durante o período de treinos na Granja Comary, o técnico Dunga optou por encorpar o meio de campo e mandar Fred para o jogo, armando a equipe em um esquema com três volantes e dois armadores. Com jogadores rápidos, o Brasil conseguiu envolver o México, mas tinha dificuldades para arrematar: “As equipes brigam muito no meio de campo, mas é um jogo sem alternativas, com pouca criação e sem grandes oportunidades”, analisou o comentarista da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Jorge Ramos.
Do outro lado, Jefferson foi um mero espectador da partida, pouco trabalhando no jogo. Sem seus principais jogadores, como Chicharito Hernández, Giovanni dos Santos e Carlos Vela, poupados da Copa América, os mexicanos não levou nenhum perigo à defesa brasileira, que mais uma vez mostrou muita consistência.
O primeiro gol do Brasil nasceu do talento individual de Philippe Coutinho, que marcou seu primeiro gol pela Seleção. Elias lançou para Filipe Luís, pela esquerda, que rolou para o meia. Ele fintou o marcador com um drible de corpo, e, mesmo sem ângulo, conseguiu chutar cruzado e balançar as redes com 27 minutos de bola rolando.
Nove minutos depois, seria a vez do coletivo do Brasil funcionar, em bela jogada trabalhada de pé em pé que resultaria no segundo gol do time. O lance, que acontece pelo mesmo lado esquerdo do campo onde se desenhou o primeiro gol, começa com Elias, que tabela com Filipe Luís. Ele rola para Willian, que vê o próprio Elias se projetando e invadindo a grande área. Ele toca debaixo das pernas de Rafa Márquez e toca na entrada da pequena área para Diego Tardelli, que, sozinho, toca para o fundo das redes e corre para o abraço.
O atacante Diego Tardelli do Brasil comemora seu gol durante o
amistoso com o México no estádio Allianz Parque, em São PauloFoto: Leo
Correa / Mowa Press
As mudanças contribuíram para que o ritmo de jogo caísse bastante, já que o entrosamento dos times ficou comprometido. Na etapa final, o Brasil não finalizou nenhuma vez a gol. “O Brasil não sustentou aquela movimentação e velocidade do primeiro tempo e a seleção mexicana ficou totalmente desfigurada. Parece o Brasil se contentou com o placar e o México não tem forças para reagir. O jogo ficou morno, burocrático e caiu muito em termos de qualidade. O segundo tempo não empolgou”, pontuou Jorge Ramos, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
O Brasil tem mais um jogo preparatório antes de estrear na Copa América: enfrenta a seleção de Honduras na próxima quarta-feira, às 22h, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. A seleção verde e amarela faz seu primeiro jogo no torneio continental no domingo (14), às 18h30, diante do Peru.
Fonte: EBC
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