Assis Carvalho diz que tem percorrido o Piauí
“Aqui mesmo em Picos eu fico triste, pois iniciei uma obra referência, que foi o novo hospital, com o apoio
Sobre a ordem de serviço assinada pelo ex-governador Wilson Martins (PSB) no apagar das luzes da sua administração, o deputado Assis Carvalho (PT) diz que vê essa situação com muita apreensão e, até com certa tristeza.
Imagem: José Maria Barros/GP1
Wilson Martins assina no apagar das luzes uma nova ordem de serviço para hospital de Picos
“Depois que eu fiz tantas tentativas, tantas visitas, tantos apelos
para que a obra fosse retomada, há 48 horas de o governador deixar o
Karnak, ele dá uma ordem de serviço que eu me surpreendi, no valor de
100 milhões de reais”, declara Assis Carvalho.O parlamentar afirma não saber que projeto foi esse que cresceu tanto, por isso acha estranho. Segundo Assis Carvalho, quando licitou a obra era planejada para 30 milhões de reais. Como o serviço ficou parado, ele dialogou na época com o Ministro da Saúde Alexandre Padilha e disponibilizou uma emenda de R$ 34 milhões e 800 mil, mais uma contrapartida do Estado de R$ 3 milhões e 800 mil, o que ficava em torno de 39, 40 milhões de reais. Isso porque ele já trabalhava esse valor, considerando o período de correção e algumas adequações da obra.
Imagem: José Maria Barros/GP1
Ex-governador é apontado como culpado pela paralisação da obra
“Fui surpreendido com essa ordem de serviço de 100 milhões de reais.
Não tenho condições de dialogar sobre a obra, porque não vi o projeto,
mas compreendo que o estado do Piauí, pelas suas limitações financeiras,
teria muita dificuldade de disponibilizar mais de R$ 60 milhões para
complementar uma emenda. Porque o que tem na conta é uma emenda minha de
35 milhões de reais”, informa Assis Carvalho.Diante dessa realidade o deputado Assis Carvalho afirma que lhe chama a atenção o fato de o governo disponibilizar 60 milhões de reais de recursos próprios para a obra do Centro Integrado de Referência Médica de Picos.
“Lamento profundamente! Acho que o povo de Picos está perdendo com isso, porque o normal seria concretizar o projeto que iniciamos, já estava aprovado pelo Ministério da Saúde, e usar o dinheiro em conta. Se depois, alguém quisesse ampliar, que o fizesse. Mas, agora se criou um imbróglio. Nem se aplica os 35 milhões da minha emenda e nem a obra é retomada”, alfineta Assis Carvalho.
Ordem judicial
Ao comentar a liminar deferida no último dia 10 de abril pelo Tribunal de Justiça do Piauí, determinando a suspensão da obra do novo hospital de Picos, o deputado Assis Carvalho disse que entende a ordem judicial como normal.
Para o parlamentar, qualquer gestor público sabe que numa questão como essa a obra seria parada. Ela não foi dada uma ordem de serviço para ser feita, lamentavelmente. Porque ela já tinha sido licitada, não foi anulada a licitação anterior.
Imagem: José Maria Barros/GP1
Valor da obra subiu de 35 para 100 milhões
“Como é que você ia fazer uma nova licitação? Você não pode colocar,
naturalmente, um aditivo, porque o aditivo, o valor máximo depois que a
obra começa é de 25%. Como é que você vai aditivar uma obra de 35
milhões de reais passando para 100 milhões? É uma situação que,
sinceramente, qualquer gestor sabe muito bem que existe alguma coisa
estranha. Tem algum coelho estranho nessa mata”, ironiza Assis Carvalho.O deputado Assis Carvalho afirma que o prejuízo é enorme para o povo de Picos, que está perdendo em várias frentes. Segundo ele, uma obra dessas aquece a economia e só por isso já seria uma perda. No entanto, o prejuízo maior são as vidas que estão deixando de ser salvas, além de um provável atraso na instalação do curso de Medicina na cidade, previsto inicialmente para 2015.
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Placa informa valor inicial da obra
Imagem: José Maria Barros/GP1
Obra se arrasta há mais de quatro anos
Imagem: José Maria Barros/GP1Obra do novo hospital de Picos
Fonte: GP1
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