
Esse ano, mais uma vez em alusão ao Dia Nacional de
Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, proposta
anual da campanha, que nesse ano comemora o 20º ano de mobilização, o Conselho
Tutelar de Marcolândia, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Secretaria Municipal de Assistência Social e Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente(CMDCA) vêm ressaltar a
importância da mobilização e participação dos diversos setores nessa ação. No
entanto, levando em consideração o contexto de pandemia em face do coronavírus
(COVID-19) reformulamos nossas ações. As ações estão sendo reestruturadas para
uma promoção exclusivamente online, considerando que não vamos incentivar as
atividades de abordagem direta, eventos de conscientização, palestras entre
outras atividades que resultem em aglomeração de pessoas. É importante que possamos
refletir sobre crianças e adolescentes que, por permanecerem em isolamento,
muitas vezes com seu abusador (no caso da violência intrafamiliar), perderam
seus laços de confiança mais comuns para a efetivação da denúncia, como
professoras/es, médicas/os, cuidadoras/es, entre outros. Entendemos ainda que,
com muitas crianças e adolescentes sem atividades rotineiras, a presença
delas/es na internet se intensificará, e quando sem supervisão, tal presença pode
ser prejudicada com o aumento do abuso e da exploração sexual pela internet.
Além disso temos uma importante reflexão conjunta: “Como fazer com que os
caminhos da denúncia cheguem nas crianças em isolamento, especialmente aquelas
que não possuem acesso às novas tecnologias?”.
A campanha tem caráter preventivo durante todo ano no
sentido de proteger nossas crianças e adolescentes contra todo tipo de
violência. É importante lembrar que a data de 18 de maio não foi escolhida
aleatoriamente, ela dá visibilidade a um crime bárbaro que chocou o Brasil, em
1973, quando a menina Araceli Cabrera Sanches, de 8 anos, no Espirito Santo foi
sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma
tradicional família capixaba. O crime ficou impune.
“Queríamos está fazendo um trabalho diferente, no entanto
toda via, o que estamos passando não nos permite, com essa pandemia e o
isolamento social, a nossa campanha do 18 de maio, será, e está sendo,
totalmente virtual, pois não poderíamos como órgão do Conselho Tutelar de
Marcolândia, deixar de passar essa mensagem dita seja entendida”, essas são as
palavras dos conselheiros tutelar, Karine Meirele, Bolívar, Andresa, Salete e
Alcione.
Fonte: Blog Chagas Fotografias
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