Detentos da Casa de Custódia de Teresina
fizeram no início da tarde desta sexta-feira (28) uma rebelião que
começou no pavilhão H e se estendeu aos pavilhões G e I. No total, 110
presos dos três pavilhões estavam envolvidos na confusão que durou cerca
de uma hora. Com agentes penitenciários em greve, o motivo para a
rebelião foi a suspensão das visitas de familiares e advogados. Força
Tática, Bope e Rone foram acionados na tentativa de acalmar os ânimos.
Segundo a polícia, três presos ficaram feridos e foram encaminhados para
o Hospital de Urgência de Teresina.
Direção do presídio solicitou reforço policial
(Foto: Catarina Costa / G1)
(Foto: Catarina Costa / G1)
Na Casa de Custódia são 804 presos
enquanto a capacidade é para apenas 336. Um total de 12 agentes
penitenciários estavam na penitenciária quando a rebelião começou. Um
total de 110 presos participaram diretamente da confusão.
Diretor Dênio Marinho fala sobre situação em
presídio (Foto: Catarina Costa / G1)
presídio (Foto: Catarina Costa / G1)
Com presos além da sua capacidade, a
Penitenciária Irmão Guido também registrou um princípio de rebelião na
tarde desta sexta-feira. A confusão começou quando presos alojados no
pavilhão A quebraram grades e conseguiram chegar até o pátio na
tentativa de entrar em outros pavilhões. A situação também foi
controlada cerca de uma hora depois. O presídio tem capacidade para 326
detentos, mas atualmente 445 presos cumprem pena na unidade.
Segundo o diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários
(Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, os detentos do pavilhão C e D da Casa de
Custódia também chegaram a ficar agitados e quebraram os cadeados das
celas. A situação só foi contornada por volta das 14h, uma hora depois.
Policiais e agentes fizeram a contagem dos presos na intenção de saber
se houve alguma fuga.
De acordo com o diretor da Casa de
Custódia, Dênio Marinho, desde segunda-feira (24) quando os agentes
decidiram entrar em greve que vem tentando evitar que a situação
chegasse a esse ponto. “Tentamos o máximo possível, mas hoje com cinco
dias de paralisação foi impossível evitar. Os presos estavam muito
agitados e tentaram agredir os agentes. Foi nesse momento que acionamos a
força policial. Por enquanto a situação está controlada, mas os presos
continuam exaltados”, destacou.
Logo que souberam da rebelião, familiares se aglomeraram na porta do
presídio em busca de informações. A aposentada Maria Carvalho, que tem
um filho preso na Casa de Custódia, disse que teme o pior. “Estou muito
preocupada, pois meu filho já está pagando a dívida de estar preso e não
merece passar por uma situação dessa”, disse.Daiane Silva, cujo marido também cumpre pena na penitenciária, disse que a confusão já era algo previsível. “Claro que depois da greve isso iria acontecer a qualquer momento. A gente fica triste com uma situação dessa”, desabafou.
O presidente do Sinpoljuspi lamentou a situação do sistema carcerário no Piauí. “É uma situação triste no sistema prisional do estado, mas é uma realidade do sistema público porque não há acompanhamento do governo nesse aspecto”, avaliou.
Fonte: G1
Fotos: G1 e Cidade Verde
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