A cerimônia, realizada na sede do TSE, em Brasília, reuniu
autoridades do Executivo, Judiciário e Legislativo. O presidente do TSE,
Dias Toffoli, que assina o documento, conduziu a sessão, tendo ao seu
lado o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo
Lewandowski. Foram convidadas mais de 700 pessoas para assistir à
solenidade.
Dilma Rousseff foi reeleita presidente pelo PT no segundo turno,
com 54.501.118 votos (51,64% dos válidos) vencendo o candidato do PSDB,
Aécio Neves, que teve 51.041.155 votos (48,36% dos válidos). Em terceiro
lugar ficou a candidata do PSB, Marina Silva, eliminada na disputa
ainda no primeiro turno, quando obteve 22.176.619 votos (21,32%).
Em seu discurso durante a diplomação a presidente Dilma Rousseff
afirmou que uma eleição democrática “não é uma guerra” e, por isso,
afirmou, “não produz vencidos”. Segundo ela, “cumprir a vontade popular é
uma missão generosa que, em vez de oprimir, liberta e, em vez de
enfraquecer, fortalece”.
Ela também afirmou ter esperança. “Ser a primeira mulher eleita e
agora reeleita deixa minha alma plena de alegria, mas enche também meu
coração de esperança. E é essa esperança que quero compartilhar com o
povo brasileiro”, declarou Dilma.
Contas aprovadas com ressalva
No último dia 10, o TSE aprovou com ressalvas as contas de Dilma,
que registram as doações e gastos realizados durante a campanha. A
regularidade das receitas e despesas efetuadas durante os quatro meses
de disputa eleitoral tinham sido questionadas pelo PSDB e também por
técnicos do próprio TSE , o que também não impediria a diplomação e
posse.
Responsável por analisar as contas, ministro Gilmar Mendes constatou
problemas nas prestações de conta parciais, feitas após o primeiro e o
segundo mês de campanha, mas considerou que não passavam de vícios
formais, causados por erros técnicos. Ele recomendou mudanças nas
próximas eleições para evitar falhas ao informar os valores.No total, a campanha de Dilma gastou R$ 350 milhões, em propagandas, viagens e eventos.
A aprovação das contas e a diplomação não impede que o Ministério
Público ou outros partidos acionem a Justiça Eleitoral para questionar
novamente eventuais irregularidades nas contas ou mesmo na conduta da
pessoa eleita durante a disputa.
A campanha vitoriosa de Dilma foi marcada pelas críticas contra
Marina e Aécio. Na primeira fase da disputa, o PT apontou a adversária
como inconsistente, sobretudo em relação às suas atuais propostas e o
que defendeu no passado. Na segunda fase do processo, a campanha petista
associou Aécio ao retrocesso, lembrando anos de aperto fiscal do
governo FHC.
Fonte: G1
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