Policiais federais do Piauí entram em estado de greve em protesto
Policiais federais do Piauí entraram em estado de greve como protesto contra a PEC 287/2016, que trata da reforma da Previdência Social. Em Teresina, a categoria se reuniu na frente da sede da Superintendência Regional da Polícia Federal, na avenida João XXIII, BR-343. Participaram do movimento agentes, peritos, delegados, escrivães e papiloscopistas do Estado que sinalizam greve, caso seja alterado a aposentadoria especial, benefício que garante a categoria se aposentar em menos tempo de serviço.
“A reforma representa o desmonte da previdência pública do país no Brasil, a medida que impõe regras que atentam contra diversos direitos individuais e sociais assegurados pela Constituição Cidadã”, diz trecho da nota de repúdio da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).
Se a aprovada a PEC, por exemplo, a atividade policial deixa de ser uma atividade de risco. Atualmente, graças a essa classificação da atividade, os policiais podem se aposentar com 30 anos de contribuição (homens) ou 25 (mulheres). Se a norma vigente for derrubada, conforme prevê a proposta encaminhada pelo Planalto, os policiais terão de trabalhar até 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres), regra prevista para todas as categorias de trabalhadores.
“Assim, ver um policial federal aposentado será um caso isolado”, disse o agente federal Luís Alberto, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Piauí.
Na próxima semana, uma nova manifestação está prevista logo após votação do relatório na comissão especial da Câmara dos Deputaods, em Brasília, momento em que a categoria decidirá sobre a greve.
“O maior índice de mortes de policiais no mundo é no Brasil. Cerca de 500 morrem todo ano em missões ou em decorrência de seu trabalho. Por enquanto, o estado é de alerta, mas se o relatório prosperar, vamos entrar em greve na próxima semana”, disse o presidente da associação.
Também participam do movimento policiais rodoviários federais e policiais civis.
Fonte: Cidade Verde.
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