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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Militar do Rio de Janeiro surta após admitir que atirou em filho de piauienses

Militar do Rio de Janeiro surta após admitir que atirou em filho de piauiensesUm soldado lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, disse durante depoimento à corporação, ter sido ele o autor do disparo que provocou a morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos. A informação é o site de O Globo, que diz ainda que o caso vem sendo mantido em sigilo e acompanhado pela 8º Delegacia Judiciária das UPPs. No seu relato o PM teria associado sua localização na mata e a posição do corpo, para concluir que ele foi autor do disparo.
Ainda segundo O Globo militar teve de ser internado logo depois de seu depoimento. Ele teve um surto psicótico e foi levado para o Hospital Central da Polícia Militar. Mesmo após ter alta ele segue em tratamento na unidade de saúde. Ontem a PM do Rio comunicou o afastamento de oito policiais envolvidos na operação, na quinta-feira passada, que culminou na morte do garoto, filho de piauienses da cidade de Corrente, cidade no sul do Piauí.
Dos oito homens afastados, apenas dois admitem ter efetuado disparos próximo ao local onde o garoto foi morto, mas só um confirma ter atingido o garoto.
A 8ª Delegacia de Polícia Judiciária das UPPs, que faz parte da Corregedoria Interna da PM, já ouviu 11 homens, incluindo um tenente. Já a Delegacia de Homicídios recebeu depoimentos de 16 pessoas, incluindo moradores que acusam PMs de terem recolhido cápsulas perto do corpo da vítima. O projétil que atravessou a cabeça do menino não foi encontrado por peritos.
Dos 11 policiais ouvidos, segundo O Globo, dois tiveram de repetir seus depoimentos para explicar sobre um suposto recolhimento de cápsulas. Se confirmada a suspeita, os policiais poderão responder por fraude processual. Na semana que vem a Delegacia de Homicídios deve realizar uma reconstituição da morte do garoto.
Os piauienses José Maria e Terezinha de Jesus vieram sepultar o filho em Corrente, mas voltarão ao Rio para auxiliar nas investigações.
SUSPEITA SOBRE OS POLICIAIS
Na sexta-feira (3), a polícia já havia divulgado o afastamento dos PMs do policiamento nas ruas. Eles tiveram suas armas recolhidas para a realização de exame balístico e respondem a um Inquérito Policial Militar (IPM).
Durante a manhã desta terça-feira, 13 líderes comunitários do Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, se reuniram com o delegado da DH, Rivaldo Barbosa. Segundo ele, 16 pessoas, entre elas 11 policiais militares, já prestaram depoimento sobre a morte do menino Eduardo. O delegado continua ouvindo policiais e testemunhas do caso e vai aguardar os laudos da perícia no local e aguardar o retorno dos pais da vítima para um depoimento mais aprofundado, para marcar uma reprodução simulada do crime.
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O delegado não quis comentar as declarações de moradores que disseram que PMs recolheram cápsulas de bala do local do crime. Rivaldo disse que a perícia recolheu alguma cápsulas que foram enviadas para análise. “Não trabalhamos sobre pessoas. Nós investigamos os fatos. A reprodução simulada é imprescindível para esclarecer o caso. Precisamos estabelecer os locais onde estavam vítima, policiais e pessoas que possam ter visto ou ouvido o que aconteceu”, disse o delegado. “Neste momento de dor, da perda de um filho a mãe tem o direito de dizer o que quiser. O que posso dizer é que, ao contrário de fotos e informações que andaram circulando por aí, o Eduardo era uma pessoa de bem, que estudava e não tinha qualquer ligação com o tráfico”.


180graus

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