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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Aumenta o número de casos de Aids no Piauí


Aumenta o número de casos de Aids no Piauí
O Piauí  registou um aumento no número de pessoas infectadas com o vírus da Aids. O crescimento no Estado foi maior que o registrado no País, em termos percentuais no número de pessoas infectadas. Somente nos dois primeiros meses deste ano foram registrados 90 novos casos de AIDS em Teresina, segundo a Fundação Municipal de Saúde. No ano passado houve um aumento de casos na ordem de 32% no estado em relação ao ano anterior. Em 2012, foram 341 novos casos confirmados de Aids, em quanto o ano anterior o número foi 258 casos notificações.
Segundo a Fundação Municipal de Saúde, já foram notificados 90 casos, sendo 62 em homens e 28 em mulheres, entre elas quatro grávidas.  Apesar dos avanços e tratamento após o diagnóstico, a doença preocupa as autoridades em saúde no estado, comentou a coordenadora de epidemiologia em Teresina, Amparo Salmito.
“Desde o ano passado, os exames para a Aids foram democratizados e não há mais aquela espera pelo paciente com sintomas já procurando o serviço. Hoje os testes são feitos em empresas, em escolas, universidades e outros locais”, disse.
Ela informou que houve várias mudanças com relação ao diagnostico e tratamento da Aids. A medicação evoluiu e hoje garante mais qualidade de vida aos pacientes. Os testes que detectam o HIV estão mais acessíveis, o que pode explicar o aumento no número de casos confirmados em Teresina.
Segundo a coordenadora estadual de Doenças Transmissíveis, Karina Amorim, os dados revelam ainda que o número de homens infectados é mais que o dobro do número de mulheres que adquiriram a doença.
O tratamento se concentra em Teresina, porque tem um único centro atende o Piauí, Maranhão e parte do Pará. No Piauí foram registrados casos de AIDS na cidades de Parnaíba, Altos, Picos, Oeiras, Campo Maior e Luzilândia.
Além da maioria dos infectados ser do sexo masculino, o perfil mostra ainda que em 68% dos casos os infectados têm entre 20 e 34 anos e 80% contraiu a doença através do ato sexual.
“A tendência é o aumento do número de casos confirmados no Estado. Isso porque os exames para detectar a doença estão mais populares e muitos soro-positivos não sabem que têm o vírus. Por isso é importante que as gestantes incluam o teste de HIV e Sífilis no pré-natal”, disse a coordenadora Karina Amorim.
O diretor do Instituto de Doenças Tropicais Nathan Portella , o médico infectologista Walfrido Salmito, explicou que no Piauí tem além do instituto, o Centro Integrado  de Saúde Lineu Araújo, da Prefeitura de Teresina, faz os exames e acompanha o tratamento de pacientes com AIDS. Ele revelou que o Instituto Nathan Portella atende cerca de 3 mil pacientes, sendo 60% de fora do Estado. O Lineu Araújo atende 1,2 mil, sendo 95% dos pacientes residentes em Teresina.
“Não estamos tendo dificuldades para o teste e o tratamento. A pessoa pode chegar ao centro e pedir o exame até sem requisição. Não tem dificuldades. Temos uma demanda grande, porque a maioria dos pacientes prefere se tratar fora da sua cidade, por conta de estigmas, e preferem o sigilo. Temos uma grande demanda do Maranhão.  Não temos dificuldades para o teste e nem para o medicamento, que não pode faltar. As vezes sobrecarrega, por causa da demanda. Atendemos até um paciente de fora do país que pega o medicamento a cada quatro meses. O teste e o tratamento melhorou muito. É um outro atendimento. Dispomos de um grande ambulatório de tratamento de AIDS.”, finalizou Walfrido Salmito.
Diário do Povo

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