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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Apenas 1,4% dos magistrados do Brasil são negros, revela estudo CNJ

Os homens são maioria entre os magistrados brasileiros de acordo com a primeira pesquisa sobre juízes, magistrados e ministros no País. O Censo revela que 64% dos magistrados são do sexo masculino e que 84,5% dos juízes, desembargadores e ministros se declaram brancos. Os dados foram divulgados na sessão plenária desta segunda-feira, 16.
Ministro do STF, Joaquim Barbosa 
Entre os ministros dos tribunais, os homens também são maioria, chegando a 82%.Em relação à composição étnico-racial da carreira, a maioria se considera branco. Apenas 14% se consideram pardos, 1,4%, negros e 0,1%, indígenas.
Segundo o censo, há apenas 91 deficientes no universo da magistratura, estimado em quase 17 mil pessoas, segundo o anuário estatístico do CNJ Justiça em Números, elaborado com base no ano de 2012.
Os dados foram coletados pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ) no final de 2013. O levantamento também aponta os casados ou com união estável são maioria com percentual de 80%. Os que tem filhos representam 76%.
 
Plenário do CNJ
A faixa etária média de juízes, desembargadores e ministros é de 45 anos. Na Justiça Federal estão os juízes mais jovens, com 42 anos. Em geral, a carreira dos magistrados começa aos 31,6 anos de idade. As mulheres iniciam a carreira antes, aos 30,7 anos.
A jornada de trabalho diária dos juízes é, em média, de 9 horas e 18 minutos. Os juízes em início de carreira (substitutos) têm a maior carga horária de trabalho, com 9 horas e 37 minutos. Além do trabalho na justiça, 14% dos magistrados também realizam atividades docentes e 63% informaram possuir pós-graduação.
Para o coordenador do Censo, conselheiro Paulo Teixeira, trata-se da primeira pesquisa aberta aos magistrados de todo o país. “Os resultados são positivos, mesmo comparando-os a pesquisas realizadas nos Estados Unidos da América, Inglaterra e Canadá. A diferença é que, nesses países, as pesquisas são periódicas e realizadas há muitos anos”.
O estudo completo está disponibilizado no portal do CNJ. O objetivo do estudo foi identificar o perfil da magistratura brasileira, razão pela qual o questionário consultou os magistrados brasileiros sobre informações pessoais e profissionais. Dos 16.812 magistrados em atividade no País, 10.796 responderam ao questionário eletrônico proposto pelo CNJ, o que indica índice de resposta de 64%.

Sana Moraes (Especial para o Cidadeverde.com)
Com informações de CNJ
redacao@cidadeverde.com

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