Everton se sentiu mal ainda no primeiro tempo. Segundo o departamento médico do Vasco, o jogador sofreu uma indisposição. Depois de vomitar no intervalo da partida, ele tomou um remédio e se disse disposto a voltar para o segundo tempo. Não aguentou muito tempo em campo. A convulsão começou quando o jogador já estava no banco de reservas e assustou todos a seu redor. Funcionários do Vasco chegaram a usar uma bandeira do clube para impedir o registro de imagens enquanto Everton era colocado na ambulância. De acordo com o coordenador médico cruz-maltino Clóvis Munhoz, o quadro do atleta só foi revertido no hospital.
- Ele sentiu uma indisposição durante o jogo e se queixou no vestiário. Disse que poderia ter comido alguma coisa que não caiu bem. Vomitou um pouco, tomou uma medicação e se disse disposto a voltar. Estava lúcido, orientado, com a pressão mantida. Por isso ele voltou. Mas ai se sentiu mal novamente e teve a convulsão no banco de reservas. Foi levado imediatamente para a ambulância quando perdeu a consciência. O doutor Rômulo Teixeira fez o primeiro atendimento em São Januário. Dentro da ambulância foram feitas uma série de medidas para estabilizar o estado dele e permitir a remoção com segurança - resumiu Munhoz, que disse ainda não haver previsão para a divulgação de um novo boletim médico.
Assim que o jogo acabou, diversos representantes do Vasco seguiram para o hospital. O presidente Roberto Dinamite, o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano, assessores, a esposa do jogador, Neia Costa, e até mesmo o zagueiro Rafael Vaz estavam presentes. Segundo o médico Rômulo Teixeira, Éverton está lúcido e não corre risco de vida. O atacante realizou exames detalhados em janeiro passado, quando assinou contrato de empréstimo até o fim de 2014, e não apresentou problema algum em seus testes cardiacos.
- Fizemos a estabilização na ambulância para podermos transportá-lo com segurança. Foi identificada uma arritmia, que levou a um quadro de convulsão e mal súbito. Tomamos medidas para reverter essa arritmia, o que foi conseguido com tranquilidade. Agora o atleta se encontra lúcido, orientado, sabe tudo o que aconteceu, já recebeu a visita da esposa, do presidente, de toda a equipe médica do Vasco... Agora ele vai seguir para a unidade coronariana onde ficará em observação por pelo menos 72 horas para que possamos descobrir o que gerou um quadro dessa natureza. Será liberado quando estiver totalmente estável - frisou Rômulo.
No Quinta D'or, Éverton Costa realizou exames de sangue e eletrocardiograma. Ele ainda vai passar por um ecocardiograma e até uma tomografia de crânio para que os médicos do Vasco possam entender o que levou um atleta a sofrer uma crise convulsiva e até mesmo o quadro de arritmia cardiaca. A expectativa é de que em uma semana o clube tenta todas as respostas.
- Ele vai ficar internado por no mínimo 72 horas, mas esse tempo pode ser maior. E nós acreditamos, após conversas com os cardiologistas, que em torno de uma semana já vamos ter condições de relatar para vocês (jornalistas) com tranquilidade e clareza o que aconteceu, o que deu origem a esse mal súbito. Alguma coisa foi responsável por isso. Não temos indício algum no momento. É uma situação atípica, nem os cardiologistas entenderam. Ele é um bom atleta, que sempre passa por exames e tem bons resultados nos testes físicos. Fez pela última vez no dia 9 de janeiro e deu tudo normal. Caso contrário, não estaria jogando no Vasco. É uma situação que precisa ser investigada. Éverton não corre risco de vida. Mas ele não pode ter um problema desse e ir para o quarto. Precisa ser monitorado - finalizou Clóvis.
Everton Costa tem 28 anos de idade e chegou ao Vasco em janeiro, emprestado pelo Coritiba. O atacante tem 10 jogos com a camisa cruz-maltina e fez um gol, na partida contra o Duque de Caxias, pelo Campeonato Carioca.
FONTE:
Globo Esporte
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