Em mais um capítulo do "caso Neymar", o Barcelona anunciou que, na manhã desta segunda-feira, pagou
mais € 13,5 milhões (R$ 43,4 milhões) à receita espanhola em uma
espécie de correção de valores pela contratação do camisa 11. Através de
comunicado oficial, o clube afirmou que tal medida é preventiva pelas
possíveis interpretações que a Justiça possa ter diante dos contratos
com o jogador, em uma tentativa de evitar uma multa pesada no futuro.
- Em vista da existência de uma possível divergência
interpretativa quanto às obrigações fiscais derivadas da citada
contratação, para saldar qualquer possível dívida tributária derivada
desta operação e para melhor defender o nome e a boa reputação de nosso
clube, o Barcelona apresentou nesta manhã a correspondente
autoliquidação complementar.
Esta autoliquidação complementar tem importância de €
13.550.830,56 euros e tem como objetivo dar cobertura a eventuais
interpretações que possam dar aos contratos assinados pela contratação
do jogador Neymar, embora estejamos convencidos da licitude do inicial
cumprimento das obrigações fiscais - declarou o clube.
O Barcelona procurou deixar claro que não está assumindo qualquer
delito fiscal, dizendo ter certeza de todos os passos dados na
contratação do jogador. O clube foi indiciado pelo juiz Pablo Ruz por
suspeita de divergências entre o valor declarado e o valor real da
transferência de Neymar, sendo envolvido na investigação já aberta - que
apura a participação do ex-presidente do clube, Sandro Rosell.
- (O Barcelona deseja) rechaçar que o clube tenha cometido
um delito fiscal em relação ao cumprimento das obrigações fiscais
derivadas da contratação do jogador. O clube esteve assessorado em todos
os momentos, e o auditor do clube esteve sempre informado e teve acesso
a toda a documentação da contratação - completou o comunicado, que diz
que o clube pretende seguir contribuindo para as investigações.
Apesar do valor pago
pelo Barça ser de € 13,5 milhões, o Ministério Público acredita que
cerca de € 9,1 milhões (R$ 30,1 milhões) foram fraudados na contratação
de Neymar, tirando como base o total de € 37,9 milhões (R$ 125,4
milhões) pagos pelo jogador - o adiantamento de € 10 milhões (R$ 33,1
milhões) em 2011 e o restante, € 27,9 milhões (R$ 92,3 milhões), no ano
passado. Como trata-se
de um possível crime de pessoa jurídica, a princípio, ninguém tem o
risco de ser preso - o clube, entretanto, pode levar uma alta multa.
No fim de janeiro, Sandro Rosell deixou a presidência do
Barcelona por estar sendo investigado pela Justiça espanhola e, segundo o
próprio, sendo ameaçado. O cargo agora é ocupado pelo ex-vice, Josep
Maria Bartomeu, que seguirá na posição até 2016.
FONTE:
GloboEsporte
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