Segundo a família, que não tem condições de custear uma clínica especializada, a ansiedade e a falta de estrutura têm sido os principais entraves na vida do comerciante. Com o passar dos anos, andar ficou cada vez mais difícil para ele. “O corpo dói inteiro. Muito peso sobrecarregado no joelho e coluna. Queria viver porque está muito difícil”, disse.
“Ele sozinho não consegue fazer essa dieta, mesmo por causa da ansiedade ele fica desesperado e desespera toda família”, Jeferson Ubaldo Bertochi, que tem o mesmo nome. A mãe também pede apoio para cuidar do filho. “Ele precisa de ajuda para cuidar dele”, desabafou a mãe, Vera Lúcia Bertochi.
Segundo o médico especialista em cirurgia bariátrica, a redução de estômago geralmente é indicada para pacientes que estão acima do peso e que tiveram complicações por causa da obesidade. “A indicação cirúrgica é normatizada pelo Conselho Federal de Medicina e o paciente precisa estar entre Índice de Massa Corporal de 35 a 40, associado a pelo menos a duas co-morbidades, como hipertensão e diabetes, ou ter o IMC acima de 40 kg por metro quadrado”, explicou Celso Roberto Passeri.
Atualmente existem vinte hospitais no estado de São Paulo que realizam a cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um deles é o Amaral Carvalho, que fica em Jaú. Em três anos, desde que foi implantado um atendimento específico para pacientes com sobrepeso, 200 procedimentos foram realizados.
Todos que passam pela cirurgia bariátrica continuam sendo acompanhados por médicos, nutricionistas e psicólogos. “Comecei a ter uma vida melhor após a cirurgia porque antes era uma vida de etapas. Passava bem, passava mal, vivia mais internada por causa da diabete. Hoje não toma mais nenhum remédio”, afirmou a dona de casa, Ana Cristina de Souza.
Para a diarista Edna Filipini, melhor do que a transformação física foi melhorar a qualidade de vida. “Falo que eu comecei uma nova vida depois da minha cirurgia”, completou.
FONTE:
G1
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