Rodrigo Castanheira reagiu às ameaças de morte que
sofreu por não ter visto o gol de Douglas para o Vasco no clássico
contra o Flamengo, no domingo. Na tarde de terça-feira, depois de uma
reunião na Federação de Futebol do Rio, o árbitro auxiliar foi até a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, no Jacaré, para prestar queixa. À noite, saiu de casa com a mulher e os dois filhos, e não tem previsão de voltar.
A decisão de deixar o próprio lar foi tomada depois que Castanheira teve seu endereço
publicado por um vascaíno numa rede social - uma das muitas ameaças que
vem sofrendo por meio da internet. Junto com as informações pessoais, o
torcedor instigou atos de violência contra o árbitro. Temendo pela
integridade da família, a solução encontrada pelo auxiliar foi a mudança
temporária.
- Queremos que isso tudo acabe logo - afirmou a mulher
de Castanheira, uma policial civil que o acompanhou à delegacia: -
Rodrigo já está melhor, recebendo o apoio das pessoas.
Ainda na terça-feira foram iniciadas as investigações
para descobrir quem ameaçou Castanheira, que ganhou licença do trabalho
como professor para cuidar do problema. De acordo com o delegado
Alessandro Thiers, responsável
pelo caso, três pessoas já foram identificadas. A pena somada dos
crimes cometidos pode chegar a quatro anos e seis meses de prisão, além
de multa:
- Foram cometidos os crimes de incitação à violência,
ameaça, injúria, difamação e perturbação da paz. Vamos chamar para depor
os indivíduos já identificados e os que ainda serão - disse Thiers.
O depoimento de Castanheira durou cerca de três horas. Ele levou à
delegacia um pen drive no qual registrou algumas das ameaças que
recebeu pela internet.
FONTE:
Extra
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