Servidores dos Correios rejeitam proposta e entram em greve no Piauí

Funcionários dos Correios de todo o Piauí decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (18). A decisão ocorreu logo após uma assembleia realizada pela categoria na terça-feira (17), onde os trabalhadores negaram a proposta da empresa de 8.25% de aumento. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Piauí (Sintect-PI), entre as reivindicações estão 15% de reajuste salarial, vale alimentação e melhorias no plano de saúde da categoria.
Segundo o vice-presidente do Sintect, José Rodrigues, mais de mil servidores dos dois mil que trabalham no estado já aderiram à greve. “Inconformados com a situação todos estão aderindo à greve, principalmente nas agências do interior, onde eles sofrem com a insegurança e o grande número de assaltos”, informou Rodrigues.
Com o movimento, os serviços de entrega de correspondências devem atrasar. “O setor de entrega, de atendimentos nos caixas e até mesmo da direção da empresa já aderiram ao movimento. Com isso, devem permanecer trabalhando apenas 30% do efetivo, ocasionando o atraso na entrega de correspondências e outros serviços dos Correios”, afirmou o vice-presidente.
Além das melhorias salariais, o sindicato também reclama da terceirização do plano de saúde dos servidores da empresa. “Não aceitamos que o nosso plano de saúde seja privatizado e por isso entramos com uma ação judicial contra os Correios”, destacou Rodrigues.
Sobre a segurança nas agências, o sindicalista revela que a situação é muito grave no interior do estado e também na capital. “Somente em 2013, já foram 106 assaltos e roubos aos Correios. Além do trabalhadores ficarem traumatizados, a população do interior também sofre porque a maioria das agências que são assaltadas, passam meses fechadas”, avaliou José Rodrigues.
O vice-presidente afirma ainda que os trabalhadores deflagram greve por tempo indeterminado. “Como a paralisação nacional, vamos esperar como será a recepção em todo o país e pressionar que os Correios dialoguem com os trabalhadores para entrarmos em um consenso”, explicou Rodrigues.

Fonte: G1/PI