Esta foi a primeira vez que os rivais se enfrentaram na competição. Como trata-se de um clássico estadual, o duelo não tem critério de desempate com os gols como visitante. Portanto, quem vencer a próxima partida garante a vaga na semifinal. Novo empate leva a disputa para os pênaltis.
– É clássico, e sabemos das dificuldades de jogar um jogo assim. A equipe está de parabéns, soube suportar a pressão. Conseguimos arrancar um grande empate hoje. Nos superamos mesmo com o cansaço – declarou André Santos.
O alvinegro Edílson, que usava gaze para conter um sangramento no nariz quando empatou o jogo, comentou a situação.
– Incomodar, incomoda (sangramento no nariz), mas com o calor do jogo você nem percebe direito. O importante é que conseguimos empatar a partida. Fizemos um excelente segundo tempo, e infelizmente a vitória não veio, mas ficamos felizes com a exibição.
As atenções já precisam voltar novamente para o Campeonato Brasileiro. No sábado o Botafogo recebe a Ponte Preta no Maracança, às 21h (de Brasília). No mesmo estádio, mas no domingo, às 16h, o Flamengo recebe o Criciúma, adversário direto na luta contra o rebaixamento.
André Santos faz o 'S'
O Flamengo de Jayme de Almeida, agora efetivado no cargo de técnico, entendeu a lição que os baianos deram no rival no Campeonato Brasileiro. O cruzamento que veio da esquerda parecia pouco efetivo, mas Paulinho conseguiu acertar um voleio que terminou na cabeça de André Santos, que escorou para a rede e fez o “S” em homenagem a esposa Suellen. Dankler, responsável pela marcação do meia/lateral, olhou tanto para a bola que esqueceu o adversário.
O sangue de Edilson
A ducha no intervalo acordou o Botafogo, que voltou mais vibrante, com mais sangue. Sangue que corre na veia de Edilson. Não aquele que escorreu do seu nariz após agressão de André Santos em resposta ao puxão de camisa dentro da grande área. Mas o sangue de quem não tem dó da bola ao mandar com força um chute que, desviado em Samir, passou por Felipe e entrou. Ainda com gaze no nariz para estancar o sangramento, foi para a torcida comemorar. Rafael Marques seguiu o exemplo e quase virou dois minutos depois.
Era um Flamengo diferente. Tinha Rafinha no lugar de Carlos Eduardo, e tinha discussão. Wallace e Luiz Antonio se desentenderam, falaram poucas e boas um para o outro. Como o domínio da posse de bola passou a ser do Botafogo, Jayme de Almeida resolveu mexer. Deixou a equipe com três volantes quando tirou André Santos para colocar Cáceres. Numa tacada só, trocou ainda Paulinho por Gabriel. Nada adiantou. Os 74 passes errados explicam a queda de qualidade técnica do jogo. O empate, no fim das contas, acabou justo.
FONTE:
GloboEsporte
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