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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Justiça não sabe de 400 mil processos no Piauí

A Corregedoria do Tribunal de Justiça do Piauí e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ameaçam aplicar punição aos magistrados que não entregarem o relatório de produtividade e não cumprirem a meta 18 do CNJ. No Piauí foram identificados 448 processos que tratam de ações penais e crimes contra administração pública. No entanto, o TJ não sabe identificar quantos processos são desta natureza, porque existem mais de 400 mil processos que não foram digitalizados, ou seja, o Judiciário está trabalhando com 0,1% do número de processos, e mesmo assim, segundo o presidente do STF e do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, o desempenho do Piauí é deplorável.
Segundo informações da Corregedoria do TJ/PI, os magistrados tinham até ontem (10), às 18 horas, para entregar a Planilha do Sistema Justiça Aberta, denominada "Questionário de Produtividade do Magistrado". No documento deve constar o quantitativo das ações de improbidade administrativa e das ações penais relacionadas a crimes contra a Administração Pública, distribuídas até 31/12/2011 e que aguardem andamento há mais de cem dias.
A exigência está prevista na Meta 18, aprovada pelos presidentes dos 91 tribunais brasileiros durante o VI Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado em novembro de 2012. A meta prevê o julgamento, até dezembro deste ano, de todos os processos de improbidade administrativa e ações penais de crimes contra a administração pública que entraram até o fim de 2011 no Judiciário.Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ/PI) está entre os piores desempenhos no cumprimento da meta. São mais de 440 ações de improbidade pendentes. Em 2012 foram julgadas apenas 16. Este ano apenas uma. A meta atingida é de apenas 3,86%. Com relação a ações criminais o TJ atingiu a meta de 15,79%. No total, a produtividade é apenas 4,8%.
A Corregedoria informou que foi feito um comunicado por escrito para os juízes, por duas vezes. "A Corregedoria acredita na capacidade de trabalho dos juízes.", comentou o corregedor Francisco Antônio Paes Landim, por meio de sua assessoria.Por outro lado, advertiu que quem não cumprir as metas estará sujeito a responder procedimento disciplinar administrativo. Há casos de processos que estão parados desde 2009, sem audiência, que devem ser analisados. A Corregedoria informou que vai cobrar rigorosamente o cumprimento das metas, porque o Piauí foi tido como o campeão do atraso nos julgamentos.
"Nem Corregedoria nem o Tribunal de Justiça sabem quantos processos têm na área criminal ou de improbidade, porque têm 400 mil processos fora do sistema, porque não foram digitalizados.  Estes ainda têm que ser identificados.", comentou o desembargador, por meio da assessoria. 

Diário do Povo
 

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